Rosário
do Sul foi desmembrado dos municípios de Alegrete e São Gabriel e no ano de
1800, teve início o povoamento da sede.
As
denominações anteriores, "Nossa Senhora do Rosário" e
"Rosário", assim como a denominação atual, ligam-se à Santa Padroeira
do lugar, Nossa Senhora do Rosário.
Rosário
do Sul já havia entrado na história do Rio Grande do Sul e do país como
quartel-general das forças imperiais que, em 1816, se preparavam para combater
o caudilho oriental, José Artigas e já recebera a visita do imperador Dom Pedro
II, que atravessava a província para receber em Uruguaiana a rendição das
tropas paraguaias que haviam ocupado aquela cidade.
Rosário
do Sul orgulha-se de ser o berço do gaúcho nativo, afirmando que foi na Serra
do Caverá, junto aos cerros Macaco, Bugio, Figura de Pedra e Minuano, que se
processou a formação do homem do pampa a partir do final do século 17.
OBSERVAÇÃO:
*Nilo, o Betinho da terceira foto de cima para baixo da Associação Rosário
jogou no Corinthians (SP), onde era reserva do Jacenir. Foi titular num jogo
contra o Internacional, no Beira Rio. Nesse jogo o ponteiro colorado era o Alex
Rossi, de Cacequi. A Radio Guaiba até chamou a atenção para isso, um duelo
Rosário X Cacequi.
Numa
outra foto mais abaixo, sem identificação, de 1983 estão o cabeludo Neudo, que
saiu da Associação Ros. para o São Paulo, de Rio Grande e o Caio Flávio, que
foi ídolo na S.E.R. São Gabriel. (Jorge Marcos Telles de Oliveira, de Santa
Maria-RS)
Relíquias
do futebol rosariense
Fotos
gentilmente cedidas pela amiga Issa Duquia. Fotos maravilhosas, que remontam a
uma época romântica do futebol, verdadeiras relíquias.
"Nilo,
tenho familiares que moram em Dom Pedrito. Sou rosariense mas moro em Criciúma
há muito tempo, tenho uma produtora de vídeo junto com o meu marido.
Em
2001 fizemos um programete para a RBS TV Criciúma sobre os times de futebol da
região, como surgiram, suas trajetórias, foi bem legal. Chamava-se "Minuto
do Futebol". Meu pai também foi jogador de futebol, goleiro do time
Atlético Internacional, da Swifit de Rosário do Sul no final da década de 40 e
50. Eu autorizo a publicação das fotos
em seu blog, com o maior prazer."
Mamud, pai de Issa Duquia, era dono de um físico avantajado, próprio para ser goleiro.
Mamud com a faixa de campeão pelo Internacional, de Rosário do Sul.
Mamud, em bonita defesa.
Mamud segurando firmemente a bola.
Uma família de goleiros. Mustafa, irmão de Mamud, com a faixa de tri-campeão. Esse, o operador do blog quando ainda menino, viu jogar. "Meu pai trabalhava na Companhia Swift e morávamos na rua Voluntários da Pátria".
Mustafa, com a camisa do Guarany, de Rosário do Sul.
Abeloeb (com as mãos na cintura), irmão de Mamud e Mustafa, foi o único que não quis ser goleiro.
Abeloeb no Farroupilha, de Pelotas. É o segundo agachado.
INTERNACIONAL SWIFT
Histórico
O
Atlético Swift Internacional foi fundado no dia 9 de Julho de 1938. A sua sede
ficava na Rua General Canabarro, 144 no Centro. A Swift International Meat
Company of Brazil (Cia Swift do Brasil) chegou em Rosário do Sul em 1917,
quando comprou as instalações do "Saladero Unión del Rozário", de
capital uruguaio.
O
"Lile Swift" era como se chamava o "ground of soccer",
grôndi como os rosarienses chamavam o local de recreação onde também se
praticava o foot-ball. Nessa época os principais clubes de futebol de Rosário
do Sul eram o Sport Club Guarany, o Foot ball Club Riachuelo e o Clube de
Regatas Tamandaré, que também praticava o remo. O futebol na Swift era
praticado entre os departamentos.
As
primeiras referências sobre o Club Swift International só aparecem em 1922 nos
festejos da independência do Brasil, e posteriormente disputando torneios
municipais e amistosos com o co-irmão Armour, de Livramento.
Por
força de uma lei do Estado Novo implantado pelo presidente Getúlio Vargas, que
proibia estrangeirismos nas sociedades civis no Brasil o clube teve de retirar
o nome Swift, passando a se chamar Atlético Clube Internacional por muitos
anos. O nome original só voltou a ser usado a partir de 1950, Atletico Swift
Internacional.
O
Internacional, de Rosário participou dos campeonatos gaúchos de Aspirantes nos
anos de 1942, 1943, 1944, 1948 e 1952; no Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, que
até 1960, não dava acesso a 1ª Divisão, já como Swift Internacional nos anos de
1955, 1956, 1957, 1958 e 1959 e na decadência do clube em 1960. O último relato
que se tem do clube foi o de campeão gaúcho de amadores em 1965. (Fontes: Jorge
Telles / Douglas Marcelo Rambor)
FOTOS
Uma série de fotos antigas do Internacional, que foi o clube de maior expressão na história do futebol de Rosário do Sul. O operador do blog, quando de sua infância morou em Rosário do Sul e assistiu muitos jogos do anilado rosariense, bem como do Guarany e Ypiranga, os outros clubes da época. As fotos aqui publicadas foram enviadas pela amiga Issa Duquia, rosariense que reside em Criciúma (SC).
Em maio de 1966.
Atllético
Swift Internacional - Campeão do campeonato amador do estado em 01.05.1964. Em
Pé: Beraldo Borges - Renê - Jaime - Dentão - Banana - Meio-quilo - Vacacaí e Elino. Agachados:
Cardona - Cartola - Nilton - Cirico - Meia-noite e Carlos Vieira (Mula). (Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Carlos Vieira, o "Mula". (Rosário do Sul - Memória do Esporte)
1952.
Internacional e Guarany juntos. Faziam o clássico da cidade.
Tinha
até uma espécie de torcida organizada, "Os Caranchos", tudo ralé
provocante, tudo peão de chão da fabrica, rapadores de osso. A maioria vinha de
Cacequi. Os ossos eram rapados para usar no rosbife.(Comentário: Jorge Telles)
Com
a subida da equipe do Atlético Swift Internacional para o Campeonato Gaucho de
1956 que era disputado por regiões, as atenções dos torcedores da pequena
cidade de Rosário do Sul se voltaram para o time da principal industria local.
O
Guarany que já vinha enfrentando grandes dificuldades financeiras e era
presidido pelo senhor Oly Leitão resolveu decretar sua extinção no ano
seguinte, em 1957. O Inter Swift ainda disputou o Gauchão de 1959 e após isso
também caiu em decadência. (JorgeMarcos Telles de Oliveira)
Estádio
da Swift (atual Centenário),nos tempos do Atlético Swift Internacional.
(Foto:Acervo de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou simplesmente
"Táta", publicada na página "Rosário do Sul Memória do
Esporte", no Facebook))
"Baixada
Azul e Branca dos Industriários", era assim registrado na FGF o estádio do
Atlético Swift Internacional, hoje "Estádio Centenário" ou
"Alcides Pereira da Silva". Em certa época esse estádio também foi
chamado de "Eucaliptos" mas não oficialmente.
Mesmo
tendo como data oficial de fundação 9 de julho de 1938, o Atlético Swift
Internacional começou a aparecer nas festas de comemoração da Independência do
Brasil no ano de 1922, tendo como ground o espaço chamado "Lille
Swift", no terreno onde depois foi construido o Hotel Swift.
Lembro,
eu estava nesse jogo, foi entre a Seleção do CMD e o juvenil do Internacional,
de Porto Alegre. Essa foto é da década de 70. Mesmo sendo de madeira o estádio
tinha muito mais acomodações que agora e lotava em todos os jogos do Swift.
Juntas
as equipes do Atlético Swift Internacional e S.C. Internacional, de Porto
Alegre, que realizaram um jogo amistoso. Foto sem identificação. (Foto: Acervo
de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou simplesmente
"Táta", publicada na página "Rosário do Sul Memória do Esporte",
no Facebook)
Equipes do Atlético Swift Internacional, de Rosário do Sul e o Esporte Clube Internacional, de Santa Maria em 1957. (Foto: Arquivo particular do pesquisador Jorge Telles de Oliveira, residente em Santa Maria)
Estádio
da antiga Praça Dr. Bozzano em Rosário do Sul, hoje Praça do Estudante, atual
Colégio Padre Ângelo Bartele. Na foto os times do Sport Club Guarany e o
Atlético Swift Internacional. Note-se que os atletas do Internacional estão
todos eles com os gorros de operários da Swift. (Foto: Arquivo particular do
pesquisador Jorge Telles de Oliveira, residente em Santa Maria)
Com faixas de campeão do Estado. (Sem fonte conhecida)
SPORT
CLUBE GUARANY
Fundação:
3 de fevereiro de 1909
Estádio:
Alcides da Silva Gonçalves Pereira (Centenário)
Estádio
da Praça Nova (até 1937) - Reduto dos Carrapichos
Cores:
amarelo e preto
Extinto
em 1957
Participações:
Campeonato Gaúcho 1928
O
Sport Club Guarany foi fundado em 3 de fevereiro de 1909 na cidade de Rosário
do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. O escudo do Guarany era igual ao da Associação
Rosário de Futebol.
Em 1977, os fundadores da Associação tinham a intençao
de arregimentar os antigos e saudosistas torcedores do velho Guarany, por isso
usaram o mesmo escudo, mas com as letras ARF e as mesmas cores amarelo e preto.
Em 1937, o Sport Club Gurany foi obrigado pela
Intendência Municipal a entregar o Estádio da Praça Nova, por isso o jalde
negro ficou sem casa.
O município tinha a intenção de urbanizar o local a que
deu o nome de Praça Doutor Bozano, construindo o Ginásio e o monumento da
"Santinha". O nome de Doutor Bozano era uma homenagem ao ex-prefeito
de Santa Maria, Doutor Júlio Rafael de Aragão Bozano, que foi assassinado.
Mas nem tudo estava perdido. Uma lista correu rápido
entre os ferrenhos torcedores e, em menos de um ano um novo estádio foi
erguido, num vasto terreno cedido por comodato pelo senhor Cristalino Lopes,
fundos de sua chácara no fim da Rua General Osório, no começo da várzea do Rio
Ibicuy D'Armada.
Logo o local ganhou o nome de Estádio ou "Reduto
dos Carrapichos", por ficar próximo a uma vila de operários da Companhia
Swift, que tinha essa alcunha por ter em quantidade nos terrenos esse conhecido
e rasteiro arbusto.
No Campeonato Gaucho de 1927 o Guarany de Rosário foi
derrotado pelo 14 de Julho de Livramento por 1 X 0, gol feito aos 42 minutos do
segundo tempo. O Guarany protestou na Federação, que anulou a partida pois os
tempos de jogo na época eram de 40 minutos e não havia acréscimos por minutos
perdidos.
Um novo jogo foi marcado em campo neutro. Foi na
"Baixada dos Moinhos de Vento", em Porto Alegre, antigo campo do
Grêmio. E aí sim o 14 aplicou 2 X 0 no Guarany. Em tempo: Esse campeonato de
1927 foi o primeiro Gauchão conquistado pelo Internacional de Porto Alegre.
No dia 11 de outubro de 1928, o Jornal "Correio da
Serra", de Santa Maria publicou a seguinte notícia:
"Chefiada pelo doutor Agripino Araujo, passou por
esta cidade a missão esportiva do Guarany, de Rosário, flamante campeão da
Fronteira que, em Porto Alegre enfrentará o Grêmio Esportivo Bagé da cidade do
mesmo nome, em partida semifinal pelo titulo de campeão do Estado.
Na primeira partida pelas semifinais do
"Gauchão" de 1928, que foi realizada no estadio da "Baixada dos
Moinhos de Vento" entre o Grêmio Bagé e o Guarany, de Rosário do Sul,
houve um empate de 3 X 3. Na prorrogação continuaram empatados. Outro jogo foi
marcado para dois dias após e aí o Bagé acabou vencendo por 2 X 0.
Sport
Clube Guarany entrando em campo, tendo a sua madrinha a frente. Foto sem
identificação. (Foto:Acervo de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou
simplesmente "Táta", publicada na página "Rosário do Sul Memória
do Esporte", no Facebook)
Em 1977, os fundadores da Associação tinham a
intenção de arregimentar os antigos e saudosistas torcedores do velho Guarany,
por isso usaram o mesmo escudo, mas com as letras ARF e as mesmas cores amarelo
e preto.
Em
1937, o Sport Club Guarany foi obrigado pela Intendência Municipal a entregar o
Estádio da Praça Nova, por isso o jalde negro ficou sem casa.
O
município tinha a intenção de urbanizar o local a que deu o nome de Praça
Doutor Bozano, construindo o Ginásio e o monumento da "Santinha". O
nome de Doutor Bozano era uma homenagem ao ex-prefeito de Santa Maria, Doutor
Júlio Rafael de Aragão Bozano, que foi assassinado.
Mas
nem tudo estava perdido. Uma lista correu rápido entre os ferrenhos torcedores
e, em menos de um ano um novo estádio foi erguido, num vasto terreno cedido por
comodato pelo senhor Cristalino Lopes, fundos de sua chácara no fim da Rua
General Osório, no começo da várzea do Rio Ibicuy D'Armada.
Logo
o local ganhou o nome de Estádio ou "Reduto dos Carrapichos", por
ficar próximo a uma vila de operários da Companhia Swift, que tinha essa
alcunha por ter em quantidade nos terrenos esse conhecido e rasteiro arbusto.
No
Campeonato Gaucho de 1927 o Guarany de Rosário foi derrotado pelo 14 de Julho
de Livramento por 1 X 0, gol feito aos 42 minutos do segundo tempo. O Guarany
protestou na Federação, que anulou a partida pois os tempos de jogo na época
eram de 40 minutos e não havia acréscimos por minutos perdidos.
Um
novo jogo foi marcado em campo neutro. Foi na "Baixada dos Moinhos de
Vento", em Porto Alegre, antigo campo do Grêmio. E aí sim o 14 aplicou 2 X
0 no Guarany. Em tempo: Esse campeonato de 1927 foi o primeiro Gauchão
conquistado pelo Internacional de Porto Alegre.
No
dia 11 de outubro de 1928, o Jornal "Correio da Serra", de Santa
Maria publicou a seguinte notícia:
"Chefiada
pelo doutor Agripino Araujo, passou por esta cidade a missão esportiva do
Guarany, de Rosário, flamante campeão da Fronteira que, em Porto Alegre
enfrentará o Grêmio Esportivo Bagé da cidade do mesmo nome, em partida
semifinal pelo titulo de campeão do Estado.
Na
primeira partida pelas semifinais do "Gauchão" de 1928, que foi
realizada no estadio da "Baixada dos Moinhos de Vento" entre o Grêmio
Bagé e o Guarany, de Rosário do Sul, houve um empate de 3 X 3. Na prorrogação
continuaram empatados. Outro jogo foi marcado para dois dias após e aí o Bagé
acabou vencendo por 2 X 0.
O
Bagé formou com Tavico - Antonio e Pasqualito - Moreira - Magno e Chato -
Roberto - Bate Bate - Giumelli - Oliveira e Picão. O Guarany de Rosário do Sul
com: Aguirre - Gilberto e Orozimbo - João - Salvador e Véco Barroso - Otacilio
- Arí - Costa e Floriano.
O
campeão gaucho de 1928 foi o Americano, de Porto Alegre que venceu o Bagé na
final por 3 X 0 e já tinha eliminado a dupla Grenal daquele campeonato.
O
vice ficou com o Bagé, em 3° o Gaúcho de Passo Fundo, em 4° o Guarany e em 5° o
Nacional de São Leopoldo. Como se vê: Um dia no passado o futebol de Rosário do
Sul foi superior ao da dupla Grenal. (Fonte:
livro "Futebol e Reminiscências", de autoria de Hermito Lopes
Sobrinho, de Santa Maria-RS.)
Comentário
Conhecí
dois jogadores desse time de 1928, o seu Véco Barroso que morava na Rual Gal.
Canabarro em frente da Churrascaria Planalto e o seu Floriano Albuquerque que
foi comerciante até á poucoa anos atrás na Rua Amaro Souto entre o Estádio do
Atlético Swift Internacional (atual Estadio Centenário) e os trilhos da Viação
Ferrea. (Jorge Marcos Telles de Oliveira)
O
Bar do Oswaldo
Quem
conheceu, em Rosário do Sul, o Bar do Oswaldo, vai entender o que estou
escrevendo e sentir o que estou sentindo. Esteve ali, na esquina da João
Brasil, com a Voluntários da Pátria, desde a década de 1950. Por ali passaram
gerações de intelectuais e de boêmios que o tempo se
encarregou de fazê-los quase esquecidos.
Comecei
a frequentar o bar do Oswaldo, a partir do ano de 1965, pois nesta época eu já
estava empregado no Banco da Província e já podia pagar o meu cigarro, a minha
cerveja e o meu lanche de fim de tarde que se constituía, obrigatoriamente, de
salame italiano e queijo colonial.
Este
lanche era chamado "picadinho misto". O picadinho completo que era,
pedido pelos de mais posses, era o mesmo picadinho de queijo e salame, ao qual
era adicionado pepinos em conservas!
Ali,
eu ainda guri, ficava fascinado vendo os mais velhos jogarem dominó e
discutirem política, filosofia, história, literatura e tudo o mais que a
inteligência rosariense era capaz de produzir e que o uísque e o samba (cachaça
com coca-cola e gelo) se encarregavam de liberar, para nossa alegria e para
nossa cultura.
Naquelas
mesas, sentaram, o Ney Freitas,
funcionário do Banco do Brasil e professor de matemática, o Ione
Freitas, livre pensador e mecânico sem
similar, o João Pacheco, que morreu cedo e
que falava de Sartre, de Marx e quando se passava no uísque, declamava
Fernando Pessoa.
Por
ali passaram o José Antonio Trindade, o Nilton Azevedo, o Harry Izaguirri, o
Caco Canestrini, o Rubem Fialho, o Delíbio Fontoura Lopes, o Paulo Roberto
Carbonell, o Luiz Carlos Carbonell, o João Pacheco da Cunha, o Soter Arigony, o Jari Acosta, o Mario Souza, o Marzinho, o Odilon Santiago, o
Selmar. O alemão Valmor que tocava gaita e que um dia me disse que o Sivuca era
o maior gaiteiro do Brasil.
Naquelas
mesas sentou o médico Werneldo Ervino Vebber, cardiologista de raro
brilhantismo que, quando bebia, ficava
louco.
Por
ali, fumando um cigarro de palha passou o seu Adamastor Pinheiro, o Carlinhos
Pinheiro, o Otacílio Pacheco de Campos, o Roberto, o Juca e o Carlos Fonseca.
Frequentava
também o bar, mas raramente, o famoso "Português", que foi um grande
jogador de futebol do Atlético Swift
Internacional e que quando chegava, o assunto ficava animado com todo o mundo querendo saber o que ele achava
do time do Grêmio, do Inter e da Seleção do Brasil.
O
"João Barbeiro", o "Bijico", o Silmar, o seu Eurico Arigony e doutor José Arigony,
eram presenças diárias no local.
E
em um canto, perto do caixa e do lugar onde o Oswaldo ficava, se encontravam,sempre, falando de
negócios, aos fins de tarde, o seu Catarino Severo, o seu Lafar Azevedo,
o seu Joca Fialho, o seu Ignácio Izaguirri, o seu Armando Adolfo Caetano e tantos outros que povoaram a minha
juventude e que hoje, à distancia,
representam uma foto sem retoques do
tipo humano e social, dos autênticos gaúchos que não desfilavam no 20 de setembro pois que, para eles, todo o
dia era dia de gaúcho.
O
Bar do Oswaldo foi um marco em Rosário do Sul. Para mim e para meu irmãos Ênio e Magno, então, era um lugar sagrado.
Quando
eu saia do Curso de Contabilidade
que frequentava no Grupo Escolar Marçal
Pacheco, não deixava de passar por ali , para tomar uma cerveja, a mais gelada e que era servida pelo "Pata
Choca", pelo "Rosa Novo" ou pelo "Rosa Velho".
Na
década de 70, já em Porto Alegre, levava meus amigos, para visitar Rosário do
Sul e para conhecerem o Bar do Oswaldo.
No
Bar do Oswaldo recebíamos a nossa iniciação nas artes de discutir futebol, religião e política. E, nos tempos de exceção
não raras vezes, muitos de nós tivemos que sair pelo fundos, porque a patrulha
do Exercito, chegava, pela frente, denunciadas que eram as nossas conversas,
por expectadores com outras intenções que não eram as de tomar uma cerveja
gelada ou comer um picadinho de queijo com salame italiano!
Com
a morte do Oswaldo e com a morte da
maioria dos seus frequentadores, o negócio foi
se tornando obsoleto, acabando por fechar suas portas.
O prédio, abrigava, há algum tempo atrás uma
fruteira, mas quando o vi, pela última vez, guardava ainda um ar de boemia e
podia-se ouvir discussões sobre política , futebol ou alguém tomando a cerveja mais gelada da Fronteira, dizer um
poema de Fernando Pessoa ou de Jaime
Caetano Braum.
E
se nos dirigíssemos mais para dentro de
nossa memória e de nosso coração, poderíamos ver os frequentadores sentados, em
cadeiras ao redor das mesas, dentro do bar e na calçada.
Com
muita sorte poderíamos ouvir sons vindo do passado trazendo trechos de Marx e
Adams Schimit, citados por seu admiradores, ou talvez de algum canto alguma
voz, solitária dizendo: "Es preciso endurecer-se, pero sin perder la
sensibilidad, jámas..."
O
Bar do Oswaldo era o que hoje se chama de um espaço cultural, só que foi o mais
democrático e eclético que eu conheci.
Sem similar na história dos meus bares! Quanta saudade ao recordá-lo
agora! (Fonte: Erner Antonio F. Machado - Publicação:
www.paralerepensar.com.br - 28/08/2008)
Sem
identificação. (Foto: Acervo Issa Durqui)
Atleta
do Guarany, sem identificação. (Foto: Acervo Issa Durqui)
Atleta do Guarany, sem identificação. (Foto: Acervo Issa Durqui)
Sem identificação. (Foto: Acervo Issa Durqui)
CLUBE ATLÉTICO IPIRANGA
Juvenil
do C.A. Ipiranga. Em pé: João - Mario Charque - Bilico Manoel Jaques Leal - ???
– Pesco – Cheroso – Aristeu - Sandro Brum e Roque. Agachados: Gadanha - ??? -
??? - Rosário Palometa – Nico - Beto Grobo e Paulinho. C.A. Ipiranga. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
C.A. Ipiranga, sem o ano. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Time
Juvenil do Clube Atlético Ipiranga em 1977. Em pé: Gordo - Tio Pata - Roberto
Galinha – Clóvis – Léo – Zeca - Cascão
e
Cabeça (Técnico). Agachados: Joel – Manchinha – Bergue – Claudinho – Rubens -
Beto e Coto. (Foto: Clóvis Henrique)
Equipe
do Clube Atlético Ipiranga, de Rosário do Sul em 1962, quando recebeu e venceu
em partida amistosa o grande Penharol, do Uruguai por 2 X 1, gols de Carretel.
(Foto: Arquivo particular do pesquisador Jorge Telles de Oliveira, residente em
Santa Maria)
Clube Atlético Ipiranga, sem identificação. (Foto: Sem procedência conhecida)
ASSOCIAÇÃO
ROSÁRIO DE FUTEBOL
Associação
Rosário de Futebol. Anos 2000. Sem identifficação. (Foto: Álbum do ex-jogador
Leozinho)
Associação
Rosário de Futebol. Anos 90. Fonte: www.rosariodosulemfotos.blogspot.com
Associação Rosário de Futebol. Anos 90. Fonte: www.rosariodosulemfotos.blogspot.com
Sem
o ano. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
1986
- Associação Rosário de Futebol. (Fonte:
http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
Associação
Rosário de Futebol. Sem identificação. (Fonte:
http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
1979
- Associação Rosário de Futebol. (Fonte:
http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
1977 - Associação Rosário de Futebol. (Foto: Getúlio Lopes).
OUTRAS
EQUIPES DA CIDADE
Mundo
Real campeão campeonato praiano de base 2015 categoria sub 13. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
(Gre-Nal da Baixada 2011. Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Rio Branco, campeão da cidade em 1997. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Time daBrigada Militar, campeã praiano, janeiro de 1995. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Acadêmicos,
1991. Em pé: Jeferson Duarte Kich – Sandro – Marquinhos - Jelson (gordo) -
Ideraldo (Taty) e Edereldo. Agachados: Definho (Jeferson Duarte) – Baixinho –
Max - Eduardo Alviene e Jaime. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Esporte)
Esta
foto data do ano de 1978. É a equipe do Plácido de Castro, que se sagrou campeã do futebol de campo, do Jimp. Em pé: Renato Rufo - Fumaça (Iracet) - Joel - Neco - Paulo Elesbão - Quero-Quero (Gilberto Rufo) - Getúlio - Gonzaga e Emogar (Técnico). Agachados: Nilo - Jorge - Garibaldi - Bergue - Mario Antonio - Leozinho e Régis. (Foto: Geribone Hudison, o "Bergue", publicada)
Time
do Futebol de campo do Plácido de Castro, 1975 - Neco,Nico,Quero-quero,Gonzaga,André
Carneiro,Mário, Getulio,Chiquinho. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Time
do CMD que depois se transformou na Associação Rosário de Futebol.(Foto:Acervo
de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou simplesmente
"Táta", publicada na página
"Rosário do Sul Memória do Esporte", no Facebook)
Equipe
“Juvenil do CMD de Rosário do Sul” – Torneio da AMFRO-1979.
Em
pé: Cabeça (treinador) - Sapo (massagista) - Vitor (Geribone) - Gonzaga - Serelépe - Ideraldo - André, Carlinhos - Pinga e Benildo. Agachados:
Garibaldi - Joel - Tatú (Cunha) - Bergue (Geribone Hudison) - Sertórinho (Escobar) - Getulio e Jorge. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Time do CMD sem o ano. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Santos
campeão de 1974 (Foto: André Flores Corrêa)
Grêmio
Esportivo Rosariense, que depois viria a ser o Municipal. (Foto:Acervo de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou
simplesmente "Táta")
Grêmio Esportivo Rosariense, sem o ano. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
G.E
Rosariense. Em Pé: /// _ Marciano - ??? - Hélio - Mereco - Patesco - ??? - Santo e
Pedrinho. Agachados: ??? - ??? - Eli - Moresco - ??? e Beto. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Doutor
Dari, entregando uma flâmula ao jogador Áureo, do Grêmio. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
G.E
Municipal. Sasso, Marciano, Taquara, Hélio(Macau), Alfaiate, João, Beto, Tarugo e
Eli (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte - Colaboração na identificação de Gilberto Abreu Delgado)
Veteranos
do G.E. Municipal. (Foto: Rosário do Sul –Memória do Esporte)
Grêmio
Esportivo Municipal. Em pé: Cabo Sérgio – Sergio - Carlos Alberto - ??? –
Getúlio – Cao - ??? Tenente R2 Edson. Agachados: Claudio – Betinho –Chico –
Kiko - Zé Claudio e Marquinhos (Foto: Carlos Alberto Soares "Moso")
Grêmio
Esportivo Municipal. Em pé: Saulo - ??? - ??? - ??? - ??? – Dario - Getulio
Lopes e Massa. Agachados: ??? – Santaiana – Chinando – Marquinhos - Cordeiro
e Leozinho. (Foto: Getúlio Bernardo)
Grêmio
Esportivo Municipal, com a taça de campeão de 1984. O técnico era Vilmar Oliveira. (Foto do
face de Vilmar Oliveira)
Grêmio Esportivo Municipal. (Foto: Getúlio Bernardo)
Rosário
Futebol Clube. Em pé: Moisés – Julio – Vitor – Tati - Manoel e Fernando. Agachados:
Jé – Chinando – Cainho - Marquinhos e Getúlio Lopes. (Foto: Getúlio Bernardo)
(Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Ponte
Preta campeã juvenil 1996 (Foto: Divanglei Santos)
Ponte Preta campeã de 1992. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Santo Antônio, sem o ano. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Equipe
de Futebol do Esquadrão de Comando do 4º Regimento de Cavalaria, no Torneio
Alvorada - Ano de 1980. Em pé: Indart – Rocha – Elias – Pereira - Camejo e
Righi. Agachados: Colombo – Viana – Rossi - Hudson e Muhl. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Escola Estadual Deputado Ruy Ramos. Campeã do Jimp de 1974. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Esporte)
Campeão
de 1952. Se alguém souber o nome do time nos informe. (Foto: Rosário do Sul – Memória
do Esporte)
Vasco
da Gama, time amador. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Futebol)
Esporte Clube Logradouro (Foto: Rosário do Sul – Memória do Futebol)
Esporte Clube Província. Futebol de Praia. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Futebol)
Time do Petrecho Pesado. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Futebol)
TVeterano da Baixada. (Foto: Rosário do Sul – Memória do Futebol)
SELEÇÃO
DA CIDADE
Seleção
de Rosário e Veteranos do Inter. (Foto: Getúlio Lopes)
Seleção
de Rosário do Sul em jogo contra o Grêmio Bagé - Aniversário da cidade/1990. Em
pé: Cabeça - Valdoir Borges - Vilmar Oliveira – Minhoca – Somer - Buião,
Quero-quero – Tatú – Nirion – Gervásio – Canjica - Sapo e o professor Nelson. Agachados:
Ruben - Bergue (Geribone Hudison) – Cacau – Carranca – Téda – Cordeiro -
Jairinho e Giovani. (Foto: Vilmar Oliveira)
Seleção
de Rosário do Sul X Juvenis do Internacional, de Porto Alegre. Sem a data do
jogo. (Foto:Acervo de João Pedro Oliveira "Seu Pedrinho" ou simplesmente
"Táta", publicada na página "Rosário do Sul Memória do
Esporte", no Facebook)
REVELAÇÃO
ROSARIENSE
Claudinho no Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. (Fonte: http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
Claudio
Mendes Prates o "Claudinho",jogou profissionalmente no Inter-SM,
Vasco da Gama e também na Europa. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
(Fonte:
http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
Claudinho,com Giovani e Moroni nos tempos de Vasco da Gama (Fonte: Rosário do Sul - Memória do Esporte)
Claudinho
no Internacional, de Santa Maria (RS). (Fonte: http://www.rosariodosulemfotos.blogspot.com/)
Claudinho
no Inter, de Santa Maria em 1983 quando foi goleador do campeonato gaúcho. (Foto: Rosário do Sul - Memória do Futebol)
Claudio
Prates, o "Claudinho" nasceu em Rosário do Sul (RS), no dia 18 de
setembro de 1965, tendo começado a carreira nas categorias de base da
Associação Rosário de Futebol. Se profissionalizou em 1985 e jogou até 2004,
quando encerrou a carreira. Nos 19 anos como atleta, defendeu vários clubes:
1983-1985
- Categorias de base do E.C. Internacional-SM, de Santa Maria (RS)
1986
– Clube de Regatas Vasco da Gama (RJ)
1987
– America Esporte Clube (SP)
1987
– Farense Sporting Club (Portugal)
1988
– Clube Atlético Bragantino (SP)
1989
– Juventus Atletico Clube (SP)
1990
– Vitória Esporte Clube (BA)
1993
– SER Caxias (RS)
1994–
Figuerense Esporte Clube (SC)
1996- ABC Futebol Clube (RN)
1994 –1 FC Kosice (Republica
Slovakia)
1997 – Al Arabi Sport Club
(Qatar)
1998 – Al Shamal Sport Club
(Qatar)
1999 – Al Arabi Sport Club
(Kuwait)
2000- Al Arabi Sport Club
(Kuwait)
2001- Al Shoulla Sport Club
(Arábia Saudita)
2002-Al Shoulla Sport Club
(Arábia Saudita)
2003- Al Khallej Sport Club
(Arábia Saudita)
Títulos
conquistados
1986
- Campeão da Taça Guanabara-RJ
1988
- Campeão da Divisão de Acesso Paulista
1990
- Campeão Baiano
1992
- Vice-Campeão Brasileiro serie B –Acesso.
1992
- Campeão Baiano
1997
- Campeão Potiguar
1999
- Tri -Campeão da Copa Emir –Kuwait
1999
- Campeão da Copa Kharafi – Kuwait
1999
- Campeão da Copa do Príncipe-Kuwait
2000
- Vice-Campeão da Arabic Champions League
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