sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Fortes e Livres de Muçum (RS)


Histórico

Fundado em 1916, o Esporte Clube Fortes e Livres recebeu este nome inspirado nas palavras de Giuseppe Garibaldi, pronunciadas à época da Revolução Farroupilha: “Necessito de homens que sejam fortes e livres”. 

Referencia no municio de Muçum no interior do Rio Grande do Sul, o E.C. Fortes e Livres ingressou na Federação Riograndense de Futebol em 1949, com a equipe de futebol amador. Logo em 1950 teve sua primeira conquista, o título de Campeão de Guaporé. 

No ano seguinte a equipe repetiu a dose e anda faturou mais três títulos, alem de bi-campeão de Guaporé; foi Campeão de Alto Taquari, Campeão da 10ª Zona Estadual e ainda Vice-Campeão da Zona Leste do Estado. A campanha de glórias seguiu em 53, 54 e 55 com o título de Guaporé.

Em 1966 a equipe passou a integrar a categoria de profissionais, disputando a Segunda Divisão e quatro anos depois já se tornava Campeão do Alto Taquari na Segunda Divisão. Em 1975 a equipe se licenciou a Federação Gaúcha de Futebol, mas desde então não participa de competições de cunho futebolístico.

As cores tradicionais do E.C. Fortes e Livres são o vermelho, verde e branco, tendo seu primeiro uniforme nas cores vermelho e verde predominantes e o segundo com a cor branca predominante.

O simbolo da equipe é o mesmo do século passado, com a borda em vermelhos as letras em verde e apenas uma listra vermelha no centro, trazendo o nome da cidade e o ano de fundação ao centro.

O niome do time muçunense alcançou repercussão nacional em 1972, quando un trote concebido por jornalistas gaúchos informou sobre um pretenso jogo entre a Seleção da Concacaf e o Fortes e Livres. Até o escritor e desenhista Ziraldo dedicou charges ao fato.

Tentando resgatar o orgulho e a paixão dos torcedores e da comunidade pelo E.C. Fortes e Livres, a diretoria reativou o departamento de futebol e pretende ainda terminar de estruturar a equipe Sub-20, que ainda este ano pretende disputar jogos oficiais. 

Para melhor acolher os jovens que darão os primeiros passos na carreira de jogador de futebol, o Fortes e Livres fará uma reformulação e ampliação do Estádio, se adequando as necessidades e viabilizando as disputas em torneios futuros.

Na entrada da cidade a placa diz tudo. (Fonte: Prefeitura Municipal de Muçum)

Arly Colossi e Nestor Dalla Lasta, os dois presidentes mais antigos ainda vivos. (Fonte: Jornal de Muçum)

2016. Time Sub-20. (Fonte: RS Esportes)


A festa do centenário, em 2016. (Fotos: Jornal "Antena")

Nova fachada do estádio. (Fonte: Jornal “Antena”)

Portão de acesso ao estádio. (Fonte: Jornal “Zero Hora”)

Time histórico que fez sucesso na década de 1970. (Fonte: Acervo fotográfico do clube)

Fortes e Livres em 1930. (Fonte: Blog “Caminhos de Guaporé)

Fortes e Livres em 1918, campeão do Alto Taquari. (Fonte: Acervo fotográfico do clube)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Futebol em charges (1)


Período 1939 - 1949





As Copas de 1942 e e 1946 foram canceladas por causa da Segunda Guerra Mundial. cartunista Belmonte, da "Folha da Manhã", atual "Folha de São Paulo", não deixou por menos e criou uma espécie de dosputa paralela no campo político, que mais parecia uma competição de líderes mundiais pela posse da bola ou pelo "globo terrestre".

Hitler, obviamente, foi muito ridicularizado nas charges, o que gerou a acusação de que o cartunista brasileiro teria sido financiado por ingleses e americanos, conforme proferiu Goebbels, ministro da propaganda nazista, pela rádio de Berlim.

Théo mostra que, pelo Brasil, Getúlio entrou em campo fazendo alguns gols contra, no seu Governo. E Seth desenhou a confusão no futebol entre jogadores e torcidas, que esquentava cada vez mais.

Firuli, firuli, firuli, firuli! O jogo começou mal: três bolas nos primeiros cinco minutos. (Fonte: Théo, revista "Careta", 26 de maio de 1945)

Hitler, Alemanha e Mussolini, Itália no ataque e Winston Churchill, Inglaterra, na defesa. Charge Belmonte.

Charge de Belmonte.

O Japão quer entrar na briga ao lado de Alemanha e Itália. O Nakamura também quer marcar um gol. Charge de Belmonte.

Franklin Roosevelt (EUA) e Stalin (antiga URSS) entram na Copa, ao lado dospaísers aliados, contra Hitler. Arté que ele terá que enfrentar o "pênalti" que o levará a prerder o jogo... liás, a guerra. (Charge de Belmonte)

Charge de Belmonte.

Hitler. (Fonte: Cartunista Belmonte, no jornal "Folha da Manhã", de São Paulo, em 1 de junho de 1939, 24 de junho de 1940 e 21 de agosto de 1940)


De cima para baixo. Jornal "Folha da Manhã", 23 de agosto de 1940, 6 de agosto de 1940 e 5 de agosto de 1940. Charge do cartunista Belmonte.


E o jogo continua. Charge de Belmonte, jornal "Folha da Manhã", 15 de abril de 1939.

Cartunista Belmonte Jornal ”Folha da Manhã”, em 1 de abril de 1939.

Copa 1938 - França



Nos desenhos e na capa da revista "Careta", J. Carlos mostra que o futebol caiu na boca do povo. (Fonte: Cartunista J. Carlos, em "A Careta", de 16 de julho de 1938)

Théo nos mostra as primeiras discussões com o juiz. (Fonte: Revista "O Cruzeiro")

Domingos da Guia ensina futebol e enfrenta Hitler. (Revista “Careta”, 25 de julho de 1938)

Técnico Adhemar Pimenta. (Fonte: Cartunista Tucci, no livro "Técnicos, Deuses e Diabos na Terra do Futebol - 1994)


Quadrinhos.


O Brasil venceu a Polonia por 6 X 5. Domingos: "Ora, seu Hitler. Eu não acreditava nessa história de superioridade de raças!" *Fonte: Théo, revista "Careta", 1938)

Onze tanks. Hitler: "Alô, Pimenta! Manda, depressa, aquele team que surrou os tchecos. Diz ao Leônidas que nós garantimos outro smoking. (Fonte: J. Carlos, 15 de outubro de 1938)

Copa 1934 - Itália


Pior ainda foi a Copa de 1934, quando o futebol brasileiro passava por nova crise provocada entre cartolas paulistas e cariocas. A base do nosso time foi praticamente o “scratch” do Botafogo.

O técnico Luis Vinhaes, satirizado por Baptistão, conseguiu apenas o 14º lugar e pôs a culpa na cansativa viagem de navio at[é a Itália, onde os jogadores já chegaram obesos. Nosso único gol marcado nessa Copa foi do craque Leônidas.

Perdemos para a Espanha por 3 X 1, no único jogo que fizemos. Domingos da Guia,  grande craque da época, não foi convocado e poderia ter feito a diferença. Enfim, foi a Copa do ditador italiano Mussolini, que não perdeu um jogo de sua equipe.

A desclassificação, já na primeira partida, não animou os cartunistas a fazerem charges sobre essa Copa. Embora não tenhamos levado a Taça, o jogador brasileiro Filó foi campeão mundial jogando pela Itália.


Caricatura da época de Leônidas da Silva demonstra que já havia um culto no craque. (Fonte: Autor não identificado. Jornal "Folha da Noite, 28 de maio de 1934)

O técnico Luis Vinhaes da Seleção Brasileira, foi satirizado pelo cartunista Baptistão. (Fonte: Livro "Deuses e Diabos na Terra do Futebol - 1994)

Mussoline. He! He! He! É só continuar com a dieta da macarronada que essa Seleção vai rolar da Copa. (Fonte: Jal)


Copa 1930 - Uruguai




A primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai, em 1930, foi um vexame para o Brasil. Perdemos o primeiro jogo para a Iugoslávia e, já desclassificados, ganhamos da Bolívia. O fiasco já demonstrava a falta de entrosamento entre a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e a Associação Paulista de Desportos Atrléticos (APEA).

Resultou que a APEA pediu aos jogadores paulistas um boicote à Seleção. Com isso, alguns ótimos jogadores como Feitico, Friendreich, Del Debbio e outros ficaram no Brasil. O técnico Pindaro Carvalho, um ex-jogador carioca, foi improvisado, representado na caricatura de Carvall. Era um prenúncio da eterna briga entre cartolas influenciando o desempenho de nossa Seleção.

Araken Patusca, jogador do Santos, foi inscrito como atleta do Flamengo para driblar a briga entre cartolas cariocas e paulistas e ser convocado para a Seleção. Um time todo carioca e com apenas um paulista.

O técnico Píndaro Carvalho, em caricatura de Carvall, (Fonte: Livro "Técnicos, Deuses e Diabos na Terra do Futebol" - 1994)

O de cá... Oh! Lá! Rapazes! Fazei o Possível para ganhar, mas si não o fizerdes muito mais lucrará o Brasil nas relações internacionaes...

O Brasileiro. Não há nada como perder um campeonato para ganhar as sympathias internacionaes... 

Caricatura de Coelho Neto, pai do jogador "Preguinho", autor do primeiro gol do Brasil em uma Copa do Mundo. (Fonte: Jornal "Folha de São Paulo", em 1930)


A Seleção Carioca satirizada pelos paulistas. (Fonte: Jornal "Folha de São Paulo", em 1930)

Acima, o chargista Orlando, dá uma resposta brasileira à píada dos argentinos sobre os "macaquitos". Em 1922, a Seleção Brasileira ganhou pela segunda vez na história a "Copa Sul-Americana", realizada no Brasil.

Antes, havia vencido esse mesmo Campeonato em 1919. Belmonte mostra o representante do Brasil, com o Cruzeiro do Sul no peito, depois de deixar seus concorrentes quebrados.

Em 1923 a Seleção Brasileira vinha da disputa da Copa Sul-Americana no Chile e aceitou fazer um jogo beneficente com a Argentina, já que tinham que passar por lá. Foram satirizados pelo jornalista Antônio Palácio Zino, de "A Crítica", e o cartunista Taborda, como "Los Macaquitos", em 7 de outubro de 1920.

Claro que os jogadores brasileiros não gostaram e parte da equipe não entrou em ccmpo. O jogo foi realizado com apenas sete jogadores de cada lado, em dois tempos de 30 minutos. Taborda repetiu a charge com os "macvcaquitos" voltando no navio.

Começava nessa época a grande rivalidade entre as duas maiores forças do futebol no Continente (Fonte: Revista "Gol de Bico", coleção "Futebol Arte")