quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Casa de Memória Edmundo Cardoso

As fotos abaixo, com exceção de uma pertencente ao arquivo pessoal do pesquisador Jorge Telles de Oliveira, foram gentilmente cedidas pelas senhoras Greta Dotto Simoes (arquivista) e dona Therezinha de Jesus Pires Santos (coordenadora) e Gilda May Cardoso (coordenadora substituta), que são parte do acervo da Casa de Memória Edmundo Cardoso. Essas fotos foram entregues ao pesquisador Rambor, de Três Coroas (RS), que as repassou a este blog.

Edmundo Cardoso nasceu no Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, em 1917 e tornou-se referência para a história e cultura santamariense. Foi jornalista, funcionário da Justiça, escritor e teatrólogo, tendo fundado duas importantes instituições: a Escola de Teatro Leopoldo Fróes e o Clube de Cinema de Santa Maria. Além disso, participou como ator no filme “Os Abas Largas”, rodado em Santa Maria na década de 1960 pela “Lupa Filmes”, do Rio de Janeiro.

Durante sua vida, participou de diferentes clubes, associações, campanhas, projetos e documentários, e recebeu muitas homenagens, prêmios e distinções. Ao longo de suas atividades reuniu e preservou em sua residência fotografias, jornais, revistas, livros, obras de arte, objetos e outros documentos que serviam como fontes de pesquisa aos interessados na história da cidade de Santa Maria.

Aos poucos a enfermidade impossibilitou Edmundo de organizar e disponibilizar o seu acervo, sendo assim houve um maior envolvimento de sua família que, após o seu falecimento em dezembro de 2002 planejou a criação de um espaço de memória dedicado a ele.

 A Casa de Memória Edmundo Cardoso é constituída por um acervo arquivístico, bibliográfico e museológico, no qual serve a comunidade através do atendimento ao público e exposições referentes a história de Santa Maria.

 
Brasil, de Santa Maria. (Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)

Sport Club 7 de Setembro. (Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)

 
Grêmio Sportivo 7º Regimento de Infantaria, de Santa Maria. (Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)

 
Formação do Grêmio Sportivo 7° Regimento de Infantaria, de Santa Maria no ano de 1940, no estádio do Riograndense F.C. (Foto:Arquivo Jorge Telles de Oliveira) 

Botafogo Foot-Ball Club. (Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)

Riograndense Foot-Ball Club. (Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)

Prédio onde localiza a Casa de Memória Edmundo Cardoso. Foto: Casa de Memória Edmundo Cardoso - Santa Maria-RS)


Edmundo Cardoso nasceu no Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, em 1917 e tornou-se referência para a história e cultura santamariense. Foi jornalista, funcionário da justiça, escritor e teatrólogo, tendo fundado duas importantes instituições: a Escola de Teatro Leopoldo Fróes e o Clube de Cinema de Santa Maria. 

Além disso, participou como ator no filme “Os Abas Largas”, rodado em Santa Maria na década de 1960 pela Lupa Filmes do Rio de Janeiro. Durante sua vida, participou de diferentes clubes, associações, campanhas, projetos e documentários, e recebeu muitas homenagens, prêmios e distinções. 

Ao longo de suas atividades reuniu e preservou em sua residência fotografias, jornais, revistas, livros, obras de arte, objetos e outros documentos que serviam como fontes de pesquisa aos interessados na história da cidade de Santa Maria. 

Aos poucos a enfermidade impossibilitou Edmundo de organizar e disponibilizar o seu acervo, sendo assim houve um maior envolvimento de sua família que, após o seu falecimento em dezembro de 2002 planejou a criação de um espaço de memória dedicado a ele.

A Casa de Memória Edmundo Cardoso é constituída por um acervo arquivístico, bibliográfico e museológico, no qual serve a comunidade através do atendimento ao público e exposições referentes a história de Santa Maria.

Vale a pena visitar um lugar que cheira a cultura. E o atendimento das pessoas que cuidam de todo esse valioso patrimônio convida a visitas periódicas. Elas se esmeram em delicadeza e estão prontas para informar tudo o que for de interesse dos visitantes. Realmente é um local que orgulha Santa maria e sua gente.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Atlântico de Erechim


Histórico

A origem desse clube de futebol, foi a Societá Italiana de Mutuo Soccorso XX de Setembre, fundada em 1915, a fim de socorrer os imigrantes chegados à Boa Vista do Erechim. O primeiro jogo oficial da equipe foi em 29.08.1937, contra o Germânia com vitória de 3 X 0.

O campeonato municipal era formado por quatro equipes: Ypiranga, Germânia, 14 de Julho e Atlântico, que já no primeiro ano de atividades, sagrou-se campeão da cidade. Finalizando o ano, o Atlântico realizou um amistoso ante o Veterano, de Carazinho, vencendo pelo placar de 3 X 1.

Em 1938 o Atlântico sagrou-se bicampeão municipal e para comemorar o feito, foi convidado como paraninfo o E.C. Cruzeiro de Porto Alegre, sendo goleado por 5 X 1. Veio o tri em 1939 e o tetracampeonato em 1940. Em 1941 o clube construiu seu primeiro estádio, tendo como "padrinho" o SC.Internacional de Porto Alegre, que goleou os donos da casa por 11 X 3.

Em 1971, o Atlântico foi convidado pela FGF a fazer parte da 1ª Divisão, junto com seu arquirrival, o Ypiranga. O famoso Atlanga, clássico local, foi parar no cenário gaúcho.

Campeonatos conquistados

Erechim - 1937 a 40; 1942 a 44; 1946 a 48; 1954 a 57; 1959 a 1965 (hepta)

Regional - 1942, 1948, 1954, 1958 a 1962 (penta) e 1974

Estadual - Vice campeão nos anos: 1948, 1954, 1961 e 1962

Estatística geral nas competições oficiais: 760 jogos, 435 vitórias, 138 empates e 187 derrotas. Marcou 1.942 gols e sofre 1.114 GC, uma contabilidade positiva.

Em 1977 o clube suspendeu em definitivo sua participação no futebol. Em 1983, o estádio se transformou em uma área de lazer e esporte, definida pela AGE de 02.05.1984 e iniciou-se a venda de títulos do clube transformado, para a construção dos pavilhões. 

Em 1985 foi iniciada a construção de sua piscina, pavilhão da bocha, pavilhão do volei e do futsal, sendo convidados a seleção brasileira de Futsal, do Grêmio e do Inter, no volei a Enxuta, Sadia e Pirelli. Em 1988/89 inicia a fase das disputas na natação. Em 1989 o Atlântico sagrou-se campeão estadual de bocha. Em 1991/92 apareceram as canchas de tênis.

Em 25.05.1991 foi implodido o velho estádio com uma assistência de público idêntica aos melhores jogos de futebol. Em 1995, campeão gaúcho de voleibol feminino. Em 1999, o Atlântico aventurou-se, novamente, no futebol, agora porém no futsal. No ano de 2000, o departamento de bocha feminino conquistou o título estadual. (Fonte: Jornal "O Nacional", de Passo Fundo)
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1976. A equipe que encerrou o ciclo do futebol profissional do clube. Em pé: Félix - Vérno -Décio - Vergílio - Carlos Alberto e Sidnei. Agachados: Valdir - Laerte - Fernando Rabello - Darci Maravilha e Odir. (Foto: Acervo Histórico do C.E.R. Atlântico)
1962. (Foto: arquivo de Milton Neves)

1957 - Atlântico campeão regional. Em pé: Vando - Fernandez - Bruno - Binha - Pimentel e Noronha. Agachados: Índio - Borjes (pai de Carpegiani) - Ronquetti - Omir e Djalma. (Foto: Jaimão) 
1955. Vice-campeão estadual da 2ª Divisão de Profissionais. Em pé: Wilson - Baínha - Noronha - Borges - Sebastião e João Ribeiro. Agachados: Fossati - Leié - Quinzinho - Afonsinho e Piaveta II. (Foto: Acervo Histórico do C.E.R. Atlântico)

Inscrição como jogador não profissional de Hermirio Carpegiani, o "Borjão", pai de Paulo Cesar Carpegiani, no Atlântico, de Erechim. Documento de 5-5-1949. (Reprodução: Cesar Augusto Caldart)
Foto tirada em Erechim, com data desconhecida. Paulo César Carpegiani, Borjão pai e os filhos Cels, também chamado de Borjão e Edson, que mora na França. (Foto: Cesar Augusto Caldart)

 

Hermínio Carpegiani, o "Borjão", pai do técnico e ex-jogador Paulo Cesar Carpegiani, nasceu em Flores da Cunha em 7 de julho de 1922 e faleceu em 31 de maio de 2007 em Porto Alegre.

Foi um dos maiores nomes do futebol de Erechim, cidade do Rio Grande do Sul, onde vestiu a camisa 5 do Atlântico entre 1942 e 1958 em vários campeonatos estaduais. Deixou a esposa Lacy e mais três filhos além de Paulo, Celso (o Borjão, que também foi jogador), Tânia e Edson.

Segundo registros da época, foi um jogador com espírito combativo e que conseguia ser técnico ao mesmo tempo. Cabeceava bem e chutava com eficiência com os dois pés. Atuou em várias funções, embora como atacante tenha se destacado mais.

Chegou em Erechim em 1942 para trabalhar em uma fábrica de camas. Nos tempos de Atlântico, foi campeão da cidade em 1942, 43, 44, 46, 47, 48, 54, 55, 56 e 57. (Texto: Marcelo Rozemberg do site do Milton Neves)

Borjão, do Atlântico e Hugo, do Ypiranga. (Foto: Gilberto Caldart)

1953. (Foto: Arquivo Milton Neves)

1953. (Foto: Arquivo Milton Neves)


1953. (Foto: Arquivo Milton Neves)

1953. (Foto: Arquivo Milton Neves)

1953. (Foto: Arquivo Milton Neves)


Sem identificação.


Sem identificação.


Sem identificação.

Sem identificação. (Foto: "Esporte Ilustrado")

Antiga sede do Atlântico. (Foto: Erechim Imagens)


Carpegiani aos 15 anos. Time de futebol de salão do Colégio Medianeira, de Erechim. É o primeiro agachado. (Foto: Arquivo de Milton Neves)

Novembro de 1966. As informações sobre um garoto bom de bola que jogava futebol de salão no “time do padre”, em Erechim (RS), não saiam da cabeça de Chiquinho, técnico dos juvenis do Grêmio. Com o telefone em mãos, Chiquinho faz o convite ao garoto para a realização de um teste e acerta para que o encontro seja feito ao raiar do dia seguinte, no trevo de Porto Alegre, onde fica a estátua do laçador.

No outro dia, conforme o combinado, o Aero-Willys da família Carpegiani segue lotado para o destino combinado. Seu Hermínio, o pai; dona Leda, a mãe; e os filhos Celso e Paulo César.

Ainda longe da capital o carro enguiçou. Impossibilitados em prosseguir viagem, só restava aguardar o concerto e torcer para que não demorasse muito. Enquanto isso, irritado, o treinador Chiquinho desiste de aguardar pela chegada do garoto bom de bola.

Quando o carro finalmente ficou pronto, era hora de seguir… Seguir para onde? Como só conhecia o estádio dos Eucaliptos, seu Hermínio decide não perder a viagem e vai de encontro ao destino… o destino colorado.

Paulo Cesar Carpegiani, nascido em Erechim (RS) em 07 de fevereiro de 1949, queria mesmo era estudar engenharia. Aos 17 anos, jogava pelo time juvenil do Internacional, sob o comando de Abílio Reis.

O técnico dos profissionais, Osvaldo Rola, ficou entusiasmado quando conheceu o futebol do talentoso do meio campista e o escalou em alguns amistosos.

Com medo de queimar o garoto, Osvaldo Rolas devolveu Paulo Cesar para o time juvenil. Desiludido, o jovem camisa 10 limpou seu armário e voltou para Erechim. Não queria mais saber de futebol. Novamente sua cabeça estava nos estudos e no seu costumeiro futebolzinho de salão.

Convencido por Abílio Reis, que foi até a cidade de Erechim, Paulo Cesar acabou voltando para Porto Alegre. Permaneceu mais algum tempo no juvenil e em seguida foi relacionado entre os profissionais.

Como é natural, teve que disputar a posição. Quando se viu no banco de reservas, o impaciente “pato roco”, como era chamado pelos companheiros, pensou novamente em abandonar tudo. Acabou ficando!

Em 1970, o Inter contava com Dorinho e Tovar na armação e criação das jogadas ofensivas. Mas não demorou muito para que Carpegiani, com seu futebol fácil, de toques refinados e apurado senso tático, fosse lançado aos poucos entre os titulares.

Efetivado pelo técnico Dino Sani como titular em 1972, Carpegiani continuou a colecionar campeonatos gaúchos. Ao lado de Falcão, que também chegou das categorias de base, encontrou seu companheiro ideal de meia cancha. As primeiras convocações para a seleção brasileira aconteceram no ano de 1973.

Convocado para a disputa da copa do mundo de 1974, Carpegiani foi aproveitado na posição de volante somente no segundo jogo, contra a Escócia. Zagallo decidiu sacar o atacante Leivinha para reforçar o meio-de-campo. Com a fórmula aprovada, “o velho lobo” não teve mais dúvidas e manteve Carpegiani em todos os compromissos até o final da competição.

A partir de 1975, Carpegiani integrou a maior formação da história do colorado. Octacampeão gaúcho e bicampeão brasileiro em 1976. Ao lado de tantas estrelas como Falcão, Figueroa, Manga, Dario e Valdomiro, Paulo César Carpegiani era tido como o grande articulador e organizador daquele fantástico time.

Mas os joelhos do craque começaram a evidenciar problemas futuros. A diretoria do Inter chegou à conclusão que era chegada a hora de vendê-lo.

Para a revolta dos torcedores, Carpegiani foi negociado com o Flamengo em 5 de março de 1977, na maior transação entre clubes do futebol brasileiro. Sem Carpegiani, depois de oito anos de vitórias, o Internacional viu o Grêmio voltar a ser campeão estadual.

Carpegiani fez sua estréia com a camisa do Flamengo em março de 1977, no empate em 1 X 1 contra o Olaria e marcou seu primeiro tento na goleada de 7×1 frente ao Volta Redonda, em 26 de maio. Dois anos depois de sua chegada ao rubro-negro, foi convocado para a disputa da Copa América. Seu último jogo pela seleção brasileira foi realizado em outubro de 1979, no empate em 2 X 2 contra o Paraguai, no Maracanã.

No Flamengo, Carpegiani foi o grande orientador de toda uma geração. Também colecionou inúmeros títulos. Foram três campeonatos estaduais, quatro taças Guanabara, dois troféus Ramon de Carranza, um troféu Palma de Mallorca e um campeonato brasileiro, totalizando a importante marca de onze conquistas em cinco anos.

Vestiu a camisa do Flamengo em 223 jogos e marcou 12 gols. Seu último jogo oficial pelo rubro-negro foi pelo campeonato carioca de 1981, no dia 31 de maio, no empate em 1 X 1 contra o Bangu. A despedida de Carpegiani dos gramados aconteceu em 15 de setembro de 1981, no Maracanã, na vitória por 2 X 0 contra o Boca Juniors de Maradona. A prematura aposentadoria ocorreu devido ao agravamento de suas contusões em ambos os joelhos.

Sem tempo para o merecido descanso, iniciou no mesmo ano a sua vitoriosa carreira como treinador, levando o Flamengo ao título carioca e as inesquecíveis conquistas da taça Libertadores da América e do mundial interclubes. Em 1982, conquistou o campeonato brasileiro.

Em 1983, Carpegiani aceitou uma proposta irrecusável do futebol Árabe e deixou a Gávea. Voltou a ter destaque no futebol paraguaio nos anos 90, o que o levou a comandar a seleção daquele país na Copa da França em 1998.

De volta ao Brasil, Paulo César Carpegiani continuou sua carreira atuando em inúmeros clubes de expressão do futebol nacional. Fonte: Revistas, "Seleções”, "Placar" e "Manchete")


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, foto sem identificação. Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, 1941. (Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)


Atlântico, em 1936 (Foto enviada por Luiz Antônio Sgarabotto (sgarabotto@hotmail.com)

A equipe do Atlântico em um torneio varzeano em Barão de Cotegipe, quando enfrentou o Internacional daquela localidade. (Foto: Acervo histórico do C.E.R. Atlântico)