
Fotos: Acervo do G.E. Bagé e Arquivo do Jornal "Minuano", de Bagé.
Histórico
O Bagé foi fundado no dia 5 de agosto de 1920 como resultado da união de dois outros times locais, o Sport Club 14 de Julho (fundado em 1913) e o Rio Branco. Entre os fundadores também figuravam alguns atletas do SC Bagé, primeiro clube de futebol de Bagé. Em relação às cores, herdou do Rio Branco o amarelo e do 14 de Julho o preto, surgindo aí o tradicional jalde-negro.
Fundadores
•Dr. Átila Vinhas, Dr. Carlos Brasil, Florêncio Lima, José Maria Parera, Leonardo Teixeira, Leonidio Malafaia, Nélson Osório Ripalda, Paulino Brandi, Dr. Sílvio Vinhas, Dr. Valandro e Virato Azambuja.
Primeira diretoria:
Presidente: Capitão Alípio Pereira Costa
Tesoureiro: Sargento Osório
Secretário:Austeclino Guaspe
Capitão Geral: Rafael Médice
A primeira partida disputada pelo Bagé ocorreu no dia 5 de setembro de 1920, exatamente um mês após a fundação. O adversário foi o Gabrielense, da cidade de São Gabriel. O placar da partida foi 1 x 1, e o autor do gol jalde-negro foi Argeu, que viria ser campeão gaúcho em 1925, defendendo o Bagé.
O Bagé, após cinco anos de sua fundação, sagrou-se Campeão Gaúcho de 1925, vencendo em Porto Alegre, no Estádio da Baixada, ao Grêmio Porto-Alegrense, pelo placar de 2 x 1. A partida foi realizada no dia 22 de novembro daquele ano.
O time jalde-negro campeão formou com: Júlio Amaral, Antônio e Fortunato; Misael Romero, Aníbal Machado e Catulino Moreira; Leonardo, Pasqualito, Oliveira, Páschoa e João Amaral. O Grêmio Porto-Alegrense jogou com: Eurico Lara, Sardinha e Neco; Macarrão, Feio e Zeca; Coró, Coi, Olmério, Luiz Carvalho e Meneghini. No caminho até a final, o Bagé foi campeão da Região Sul, e na semifinal eliminou o campeão da Região Fronteira, o Grêmio Santanense, por 3 x 1
Ainda nos anos 20, o Bagé chegou duas vezes nas finais do Campeonato Estadual, em 1927 e 1928. As partidas finais foram contra o Internacional e Americano, respectivamente. Nesta década o Bagé conquistou o tri-campeonato municipal e a hegemonia no campeonato citadino, com 5 títulos do certame (1931, 1932, 1933, 1936 e 1939).
Em 24 de abril de 1937 adquiriu definitivamente o terreno onde até hoje localiza-se o Estádio da Pedra Moura. Mais duas vezes o Bagé chegou ao título de "Campeão do Interior", em virtude do vice-campeonato Estadual. Foi vice-campeão Gaúcho em 1940 e 1944. Campeão citadino em 1949. Também em 1940 o Bagé imprimiu a maior goleada em um clássico Ba-Gua (que perdura até os dias atuais): 7 x 0 contra o rival Guarany.
1951 a 1955 - O Bagé conquistou o penta-campeonato citadino, tendo como capitão nestas conquistas o zagueiro João Marques do Nascimento.
1957 - Vice-Campeão Estadual.
Ainda na década de 50, outro importante título conquistado pelo Bagé foi a Copa do Centenário da cidade de Bagé, em 1959. O Bagé sagrou-se campeão da Segunda Divisão Gaúcha, em 1964. Bi-campeão citadino em 1975 e 1976. Vice-Campeão Gaúcho de Futsal em 1976.
Em 1977 o estádio da Pedra Moura inaugurou seu sistema de iluminação. Nos anos 70 o Bagé voltou a conquistar um título de caráter estadual: Campeão da Copa Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Copa Cícero Soares, em 1977.
Foi na década de 70 que o Bagé conquistou as melhores colocações no Campeonato Gaúcho da Primeira Divisão, excetuando-se os títulos de 1925 e do interior nas décadas anteriores.
O Bagé sagrou-se Campeão Gaúcho da Segunda Divisão em 1982,1985 e vice-campeão em 1993. Na década de 80, alternou participações na 1ª e 2ª divisão do Estado. Em 2001 foi realizada ampla reforma no estádio, inclusive com a troca total do gramado. O jogo de re-inauguração foi contra o Juventude de Caxias do Sul. No final desta década o Bagé conquistou o título de Campeão do Sequiscentenário de Bagé, em 2009.


Na segunda fila, sentados, Eliezer, Leopoldo dos Reis, Venusino Moraes, Djalmo dos Reis, Elói José Thomas, Jesus Ollé Vives, Alencar Dal-Molin (presidente do clube naquela temporada), Paulo César Vieira, Antônio Carlos Machado Ferreira, Daltro Ivan Marques e Ângelo Roberto Silva.
Na terceira fila, Adriano, Candiota, Marcos, Tiago Rocha, Wilson, Marcelo Oliveira, Bruno, Didi, Anderson Santana (massagista) e Éderson.
Romário com a camisa do Bagé. (Foto:Carlos Alberto Ducos)

Carlos Alberto Ducos, filho do ex-zagueiro Ducos, que jogou no jalde-negro, presidiu o G.E. Bagé de 2010 até meados de 2013.. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)



2013. Um dos personagens mais importantes da história centenária
do futebol bageense, Delmar Lemos Martins, o popularíssimo "Bexiga", vai
completar 90 anos no dia 30 de dezembro. Em setembro deste ano ele esteve em visita ao local onde, há 70 anos,
na temporada de 1943, começou a sua carreira futebolística: o estádio "Pedra
Moura".
"Bexiga" foi lateral-direito de grandes times do Bagé nos
áureos tempos da década de 1940, com dois títulos de vice-campeão gaúcho, em
decisões com o "Rolo Compressor" do Internacional, de Porto Alegre. Ficou durante
várias temporadas no Bagé, atuando depois pelo Pelotas, Guarany e Grêmio Porto
Alegrense, entre outros clubes.
Recepcionado no estádio pelo diretor-executivo jalde-negro,
Francisco Carlos Barbosa Gonçalves, Delmar Martins esteve na sala de troféus do
clube, onde se reencontrou com símbolos de grandes conquistas. A última
passagem de "Bexiga" pelo Bagé foi como treinador, em 1990. (Fonte:
2010. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
2009. Campeão Bagé. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
2004. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
1998. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
1996. (Foto:Acervo fotográfico do G.E. Bagé)


1993. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
Foto do famoso "Ba-Gua de bombacha", disputado em 5 de junho de 1988, no Estádio da Pedra Moura, do G.E. Bagé, com empate em 3 X 3. Por causa desse jogo entidades tradicionalistas da cidade foram à Justiça, na tentativa de evitar novos clássicos. O jogo reuniu atletas em atividade e outros que já haviam pendurado as chuteiras. O árbitro, a cavalo e devidamente "pilchado", foi Pedro Jardim, mais conhecido por Pedro Zico. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)

1977. "Galego", quando recebeu o título de "Cidadão Bageense. (Foto: Jornal "Correio do Sul", de Bagé)
Década de 70 . Paulo de Souza Lobo, o "Galego", dando instruções aos jogadores do G.E. Bagé. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
Paulo de Souza Lobo, o "Galego", foi talvez o melhor técnico da história do G.E. Bagé. (Foto:Acervo fotográfico do G.E. Bagé)

Década de 1970. Em pé: Ferreira - Rubilar - Orcina - Ciro - Pingo e Mano. Agachados: Galeno Aita - Luiz Augusto - Sílvio Soares e Derli. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)






Final da década de 1950. Tupanzinho no G.E. Bagé. (Foto:Arquivo fotográfico do G.E. Bagé)



Esta foto é da década de 1950, quando o atacante Juarez (o "Tanque"), que depois brilhou no Grêmio Portoalegrense, ainda vestia a camisa do G.S. Bagé. Os jogadores em pé não estão identificados. Agachados: Krieger - Ivo Medeiros - Juarez - Jara e Danilo Tarouco. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)

Barradinhas e Pelé. (Foto: Arquivo de Jóice Souza Portacio)
1954. Confraternização. Os tetra-campeões da cidade reunidos na sede do G.E. Bagé, na rua Barão do Amazonas. esquina com Santos Souza. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
Trio final em 1954: Xavier, Táboa e Nascimento. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
1954. Goleada de 7 X 0 sobre o G.A. Farroupilha, em Pelotas. Em pé: Saul - Sérgio - Nascimento - Táboa Xavier e Barradinha. Agachados: Camargo - Velho - Balejo - Cross e Tejera. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)



Haroldo foi um dos grandes goleiros da história do G.E.
Bagé. Seu nome verdadeiro é Harold Willems Cavezzale de Campos, nascido em
Palmital, interior paulista, em 13 de outubro de 1929.
Ele começou a carreira nos juvenis do Palmeiras, depois
passou pelas categorias de base do Vasco da Gama, no fim da década de 1940, quando
o clube cruzmaltino contava com jogadores famosos como Barbosa, Augusto,
Rafanelli, Eli do Amparo, Danilo Alvim, Jorge, Friaça, Maneca, Heleno de
Freitas, Jair da Rosa Pinto, Chico, entre muitos outros.
O velho goleiro teve sua primeira experiência como atleta
profissional no antigo Floriano (hoje Novo Hamburgo), depois foi para o
Nacional, de Montevidéu. Como o ex-sogro estava enfermo, Haroldo veio a Bagé
para visitá-lo e trouxe, endereçada ao dirigente jalde-negro Poli Guasque, uma
carta de recomendação assinada pelo ex-goleiro do Bagé Edmundo.
Acabou ficando e, já em 1952, foi campeão da cidade pelo jalde-negro.
Naquele ano, quando a rivalidade Ba-Gua era acirradíssima, teve seu nome
envolvido em denúncia de tentativa de suborno. Superou o momento de dificuldade
com galhardia e, em sua homenagem, foi lançado um lápis (o professor João de
Deus González guarda até hoje um exemplar), com a inscrição: “Haroldo, símbolo
de honestidade”.
Também naquela época, mandou publicar matéria paga no jornal
“Correio do Sul”, dizendo que as suas eventuais falhas técnicas deviam-se aos
problemas físicos que enfrentava.
Do Bagé foi para o Brasil de Pelotas, depois o futebol
chileno. Em 1955, Haroldo estava novamente em Bagé, dessa feita como jogador do
Guarany. Recorda que, num Ba-Gua, ao praticar uma defesa arrojada, jogando-se
nos pés de um adversário, sofreu fratura de um braço e, como naquela época não
havia substituição, continuou em campo até o final.
O massagista Salvador Rubilar enfaixou seu braço e ele continuou
em campo. O jogo acabou em 1 X 1, marcando Miroca para o Guarany e Humberto
Camacho para o Bagé. Em 1957, Campos atuou pelo Santa Cruz, de Recife e, no ano
seguinte, voltou ao Guarany e foi campeão da cidade.
Num clássico Ba-Gua, dia 7 de setembro daquele ano, na
“Pedra Moura”, quase no final do primeiro tempo, Haroldo e o atacante Carlos
Cabral se desentenderam. O árbitro, um argentino, perguntou quem havia atingido
o outro primeiro. Foi o Cabral, mas ele negou, e o apitador disse que os dois
estavam expulsos. O centroavante Juarez foi improvisado goleiro. O Guarany
venceu por 1 X 0, gol de Camacho. A carreira de atleta de Haroldo foi encerrada
no Bahia.
Como treinador, Haroldo Campos começou no Ypiranga, de
Erechim; depois, o futebol paraguaio (para onde levou Saul Mujica, seu antigo
companheiro de time no Bagé), Portugal (recomendado por Aimoré Moreira, onde treinou
São Joanense e Leixões, que salvou do rebaixamento), Espanha (Rayo Valecano e
Deportiva Cultural), França (Nice) e Venezuela (Deportivo Táchira).
Em 1978, quando o presidente do Guarany era Belchior Silva
Dias, Haroldo foi treinador alvirrubro. Sob seu comando, o time disputou 17
jogos, com quatro vitórias, seis empates e sete derrotas. Trabalharam com ele,
naquela época, entre outros Airton Fontes, Badico I, Totonho, Claires, Ivan
Couto, Jorge, Osvaldo, Ernâni, Hamilton, Ricardo Lemos e Roberto “Porquinho”.
De quando atleta jogou ao lado de Athayde Tarouco, Ducos,
Nascimento, Osvaldo Cross, Álvaro e Ário Soares, entre outros. (Fonte: Jornal “Minuano”, de Bagé)
1952. Em pé: Saul Mujica - Saul Dias - Tico - Ário Soares - Nascimento e Haroldo. Agachados: Dênica - Ribeiro - Cross - Álvaro Soares e Ferro. (Foto:Acervo fotográfico do G.E. Bagé)

1952. O time jalde-negro que se sagrou campeão da cidade tinha como formação prinipal: Hroldo - Nasciento e Ário. Tico - Saul II e Ribeiro. Dênica - Álvaro - Cross - Heitor e Saul I. (Foto: Marlon Kruger Compassi)

Sem o ano. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
1947 - G.E. Bagé, com Alceu Collares no time. Em pé: Poli - Marimbondo - Chico - Venceslau - Bexiga - Ducos e Darci. Agachados: Aristeu - Alceu Colares - Nadir - Ballejo - Fioreli - Velho - Jorginho e Geni. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
!945. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
1943. No dia 24 de outubro de 1943, no Estádio dos Eucaliptos, em Porto Alegre, o G.E. Bagé foi autor de uma notável façanha: aplicou uma goleada de 6 X 1 na Seleção Gaúcha, que era formada basicamente pelos craques do Rolo Compressor do Internacional.
Esta foto é histórica, o Bagé tinha um grande time.
A formação do time era esta, mas não traduz a ordem na foto: Edmundo - Mário
Rodrigues – Orondo – Barradas - Junção e Garcia - Dom Pedrito – Fierro – Tupan
- Franquito e Rui Garrastazu. Os gols do Bagé foram marcados por Tupan (dois),
Franquito (dois), Fierro e Rui Garrastazu. (Foto: arquivo de José Clóvis Barcellos, publicada no jornal "Minuano", de Bagé)
1943. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
1940. (Foto: Jornal "Minuano", de Bagé)
Foto muito antiga. (Foto: Álbum comemorativo aos 28 anos do G.E. Bagé)

1927. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé)
1927. (Foto: Acervo fotográfico do G.E. Bagé
1925. Foto: Jornal "Zero Hora", de Porto Alegre)


Time do G.E. Bagé, nos primórdios. (Foto: Álbum comemorativo aos 28 anos do G.E. Bagé)


O primeiro gol jalde-negro foi de Argeu, no dia 5 de setembro de 1920, justamente na primeira partida do Bagé em sua história, empate em um gol com o Gabrielense. O jogo foi disputado em Bagé. No mesmo ano, Argeu foi campeão estadual pelo Guarany e, cinco anos depois, conquistaria de novo o título, então pelo Bagé. (Fonte: Jornal "Minuano", de Bagé)