
História
Fundando numa segunda-feira, no dia 11 de junho de 1913 por um grupo de jovens santanenses que costumavam se reunir na Barbearia do Ladário. Os documentos da fundação e dos primeiros anos do velho Colorado se perderam em um incêndio em 1919 na residência do então secretário do clube, Joaquim Sanz, que guardava toda a documentação relacionada ao clube.
Manda seus jogos no Estádio Honório Nunes, que recebe este nome em homenagem ao presidente da gestão de 1915. Honório Nunes quando esteve a frente do clube superou inúmeras dificuldades para manter o Grêmio Santanense em seus primeiros anos de existência. Deste então a presença do patrono é constante na vida do clube.
É a equipe mais vitoriosa de Santana do Livramento a nível estadual, onde entre seus triunfos constam o maior título do Estado, o Campeonato Gaúcho de 1937, também foi vice-campeão em 1939 e 1948.
Foi vice-campeão do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão em 1991, Campeão e vice-campeão do Campeonato Gaúcho 3ª Divisão em 1967 e 2000 respectivamente.
O uniforme do Grêmio Santanense possui as cores alvi-rubra como as do Internacional e o nome Grêmio como o do Grêmio, as duas equipes mais importantes do estado.
Graças a muitos de seus jogadores e diretores, conseguiram através de campanhas dignas em toda sua história, fixar a marca inconfundível com forte identidade no estado, a camisa vermelha com as mangas brancas faz com que esse detalhe se diferencie de todos os outros times alvi-rubros do Rio Grande do Sul.
Depois de algumas boas campanhas nos anos 90 na Primeira Divisão Gaúcha, caiu para a Segunda Divisão Gaúcha em 1999 tendo um fraco desempenho no ano seguinte caindo para a Terceita Divisão Gaúcha, Voltou para a Sugunda Divisão em 2001 permanecendo até o ano de 2003, quando desistiu de competir, encerrando as atividades no futebol profissional. Em 2009 voltou a participar de competições municipais de futebol amador, sete e futsal.
Em 11 de junho de 2012, dia em que completou 99 anos, a Câmara de vereadores de Santana do Livramento realizou uma cerimônia para abrir a contagem regressiva do centenário do clube colocando em discussão a volta do colorado santanense ao profissionalismo. Contou com a presença de dirigentes e torcedores no evento. (Fonte: impedimento.org)
Campeão estadual (1937); vice-campeão gaúcho (1939 e 1948); Campeão municipal 19 vezes: (1922, 1923, 1925, 1933, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1946, 1948, 1953, 1957, 1961, 1962, 1963, 1967, 1975 e 1977); Campeão da Copa Internacional Rubens Hoffmeister (1975); vice-campeão gaúcho da 2ª Divisão (1991); Campeão gaúcho da 3ª Divisão (1967); vice-campeão gaúcho da 3ª Divisão (2000).
Por três vezes jogadores do Grêmio F.B. Santanense foram os principais artilheiros do Campeonato Gaúcho: Hortêncio Souza e Tom Mix (1937) e Mauro (1993, com 19 gols). Na 2ª Divisão, Mauro também se sagrou artilheiro em 1990, com 19 gols.
Campeões de Santana do Livramento
1906 até 1921- 14 de Julho
1922 e 1923- Grêmio Santanense
1924 - 14 de Julho
1925 - Grêmio Santanense
1926 - Independente
1927 a1932- 14 de Julho
1933- Grêmio Santanense
1934 - 14 de Julho
1935 a 1939- Grêmio Santanense (incluindo o Estadual de 1937)
1940 - Fluminense
1941 - 14 de Julho
1942 - Armour
1943 a 1945- 14 de Julho
1946 - Grêmio Santanense
1947 - Fluminense
1948 - Grêmio Santanense
1949 - 14 de Julho
1950 - Fluminense
1951 e 1952- 14 de Julho (incluindo o Regional de 1952)
1953 - Grêmio Santanense
1954 - Armour
1955 e 1956- 14 de Julho
1957 - Grêmio Santanense
1958 a 1960- 14 de Julho (incluindo o tri-campeonato Regional)
1961 a 1963- Grêmio Santanense
1964 a1966- 14 de Julho
1967 - Grêmio Santanense (incluindo o campeonato Regional)
1968 a 1971- Armour
1975 - Grêmio Santanense
1977 - Grêmio Santanense
1980 - Armour (incluindo o campeonato da 2ª Divisão da FGF)
1982 - 14 de Julho
1988 - Fluminense
Resumo
14 de Julho: 40 campeonatos e tetra campeão Regional
Grêmio Santanense: 19 campeonatos, campeão Estadual e campeão Regional
Armour: 7 campeonatos e campeão da 2ª divisão da FGF
Fluminense: 4 campeonatos
Independente: 1 campeonato
Vasco em Pelotas e Livramento
Num evento inédito, em 12 e 16 de outubro de 1949, o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro realizou dois jogos amistosos no Rio Grande do Sul (Santana do Livramento e Pelotas). As rendas foram de 130 mil cruzeiros e de 160 mil cruzeiros, respectivamente, sendo recordes no interior de nosso Estado até aquele tempo.
Foram acontecimentos desportivos extraordinários e muita gente rumou às duas localidades para apreciar a então invencível esquadra cruzmaltina. Em Livramento, o árbitro foi Gilberto Martins e em Pelotas, Osvaldo Rolla (Foguinho, da Federação Gaúcha).
No primeiro jogo, Vasco da Gama 3 X 1 Combinado Santanense (formado por atletas do 14 de Julho e do Grêmio Santanense). Fiorelli marcou para os gaúchos. Heleno de Freitas, Ipojucan e Danilo Alvim, para o Vasco. Dias depois, em Pelotas, Vasco 3 X 2 E.C. Pelotas 2. Os três gols vascaínos foram marcados por Ipojucan).
Nos dois amistosos o Vasco da Gama utilizou os seguintes jogadores: Barbosa, Augusto, Laerte, Wílson, Ely, Alfredo, Danilo, Tão, Nestor, Ademir Menezes, Maneca, Ipojucan, Heleno de Freitas, Lima, Chico e Mário.

Sem a participação dos grandes da Capital, Grêmio Santanense e Rio-Grandense chegaram a decisão, depois de passarem, respectivamente, pelo Ferroviário de Bagé e Novo Hamburgo.
A decisão era para ser num a melhor de três partidas, mas foram necessárias quatro entre Grêmio Santanense e Rio-Grandense para se conhecer o campeão.
No primeiro jogo, em Rio Grande, deu Rio-Grandense 2 X 0. Depois, em Pelotas, houve um empate de 3 X 3 e vitória do Grêmio Santanense de 3 X 2. O título chegou em Bagé, com a goleada de 4 x 0. Todos os jogos ocorreram em janeiro de 1938.
O time base do Grêmio F.B. Santanense, no Campeonato Gaúcho de 1937 era este: Brandão – Alfeu e Seringa – Garnizé – Mascarenhas e Pepe Garcia (Pasqualito) – Sorro – Beca – Bido – Hortêncio Souza e Tom Mix. Técnico: Ricardo Diaz.
A cor do dinheiro
Na decisão de 1937, entre Grêmio F.B. Santanense X F.B.C. Rio-Grandense, de Rio Grande, a divisão da renda mostra claramente os exageros da Federação Rio Grandense de Desportos (FRGD), naqueles tempos.
A decisão foi em campo neutro, no estádio Estrela D’Alva, em Bagé , perante 3 mil expectadores. A renda somou 8 contos de réis (na época uma boa casa custava 20 contos de réis). Do total, 30% foi para o campeão, 20% para o vice e 50% para a FRGD. (Fonte: Gauchão, a história ilustrada de uma tradição)

O zagueiro do general
A baixa estatura para zagueiro e o jeitão descansado só enganavam a quem não via Alfeu Cachapuz Batista em campo. Não ao general Flores da Cunha, ex-governador do Estado.
O santanense Flores da Cunha queria um título gaúcho para a região da Fronteira, e para isso mandou uma expedição de avião, uma aventura naquela época. Levar para o Santanense o zagueiro negro que estava no Inter, emprestado pelo Guarany de Bagé.
Alfeu, de fato, ajudou seu novo time a ganhar o campeonato de 1937. Depois, foi jogar no Santos, de onde Ildo Meneghetti o trouxe de volta ao Inter, em 1940. Somando o título pelo Santanense com os que conquistou pelo Inter, hexa de 1940 a 1945 e bi em 1947 e 1948, Alfeu foi nove vezes campeão gaúcho.
Além de apoios como o do general Flores da Cunha, o Grêmio Santanense pôde contar em 1937 com muito dinheiro para montar o time campeão. As contribuições saiam do bolso dos prósperos produtores rurais da região e também do Cassino “A Caverna”, de onde parte das apostas na roleta era separada para o clube. Com essas garantias, o Santanense contratou até um técnico uruguaio, Ricardo Diaz. (Fonte: Gauchão, a história ilustrada de uma tradição)
Foto antiga do Estádio Honório Nunes.
Fachada do Estádio Honório Nunes (Foto: Peleia)
Estádio Honório Nunes, do Grêmio Santanense. (Foto: Panorâmio)
Estádio Honório Nunes, Tribuna de Honra. (Foto: Panoramio)
2012. Durante o encerramento das comemorações aos 189 anos de Sant’Ana do Livramento, o prefeito Wainer Machado fez a entrega de diversas homenagens a entidades e empresas locais, e uma em especial dedicada ao esporte.
O empresário Luis Paulo Dutra recebeu um diploma de Reconhecimento Público ao Grêmio Foot-Ball Santanense, que está completando o seu centenário. Para o prefeito, o Grêmio Santanense é um dos clubes mais populares da Fronteira e continua fazendo história de garra e determinação, tendo sido inclusive campeão gaúcho, feito este obtido por poucos clubes do interior do Estado, fora do eixo da dupla Gre-Nal.
O Grêmio Santanense foi fundando numa segunda-feira, no dia
11 de junho de 1913 por um grupo de jovens santanenses que costumavam se reunir
na "Barbearia do Ladário". Os documentos da fundação e dos primeiros
anos do velho Colorado se perderam em um incêndio em 1919 na residência do
então secretário do clube, Joaquim Sanz, que guardava toda a documentação
relacionada ao clube. (Fonte: Jornal “A Platéia)

Time de 1997. (Foto: Acervo Volnei Santana)

1996 - Vitória de 1 X 0 sobre o Grêmio. (Foto: Acervo do ex-jogador "Pino")
1996 - Lance do jogo Grêmio Santanense 1 X 0 Grêmio Portoalegrense. (Foto: Acervo do ex-jogador "Pino")
Grêmio Santanense sem o ano. (Foto: Acervo de César Suzana Lídia dos Santos)

1993. Lance de um jogo Grêmio Santanense 1 X 3 Internacional. Foi o último jogo do zagueiro Célio, com a camisa colorada da Capital. (Foto: Futebol Gaúcho)


Jorge Roberto Fernandes Alves, o Alvim jogou no Penãrol, de Montevidéu. (Foto: Divulgação)
Alvim nasceu em Porto Alegre para desembarcar na fronteira com o Uruguai ainda na infância. Com 17 anos, já trajava a jaqueta vermelha de um Grêmio, a contradição que o Santanense nunca pôde evitar. Um ano após o seu início, mais especificamente em 1967, passou a atuar no time principal do colorado de Livramento. Uma temporada bastou para que aquele centroavante de trato suave com o tento atraísse outros olhares. O jornalista uruguaio Martín Correa, de reputação intocada por toda a Banda Oriental, havia recomendado o futebol de Alvim para o maior time da América daqueles anos: o Peñarol já tricampeão da Copa Libertadores.
Rúben Catalde, dirigente do "Carbonero" nos anos 60, não ousou duvidar dos escritos de Correa e contratou Alvim sem observar um só minuto do seu jogo. Em 1968, ainda flertando com a maioridade, Alvim passou a defender o amarelo e negro do Peñarol. Estreou no mítico gramado do deslumbrante "Centenário" contra o Central Español – quadro que devia ameaçar tanto os grandes quanto assusta nos dias de hoje. O placar, Alvim não lembra, mas garante a vitória do aurinegro e o seu primeiro gol em território oriental. O cartão de visitas – que, para a imprensa uruguaia, o credenciou como o “substituto de Alberto Spencer”, o maior artilheiro da história da Libertadores – não garantiria apenas sorrisos na sua passagem pelo estrangeiro.
O Peñarol contava com cinco estrangeiros no seu plantel e apenas três poderiam entrar em campo. Nos primeiros meses, Alvim limitava-se a correr em amistosos ou em desafios do segundo quadro – muito pouco para quem atravessou a fronteira sonhando em abraçar o continente. A solução pensada foi um breve empréstimo para uma equipe do interior, a fim de manter o centroavante na ativa. Mas Alvim desencantando já estava. Regressou meses depois a Montevideo, disposto a não prosseguir como a estrela turva do Peñarol. Em outubro de 68, viajou à sua Livramento para disputar um amistoso contra a seleção local – partida pela qual a renda pagaria a sua transferência para o Uruguai. E sentiu saudades do vento fronteiriço.
A abrupta decisão de abdicar do sonho uruguaio e retornar àquela rotina não ofuscou o futebol goleador de Jorge Alvim. Os seus domingos novamente eram domingos de vitórias e de balançar dos cordões na Vila Honório Nunes, a cancha do Grêmio Santanense. Isso até 1972, ano em que os quatro clubes da cidade (Grêmio, 14 de Julho, Armour e Fluminense, que cedeu a camiseta) mesclaram as suas forças. O Fluminense, até então inexpressivo longe dos limites fronteiriços, transformou os triunfos em finais inescapáveis para as partidas como local e meteu-se na divisão principal do Gauchão de 73.
Mas Alvim conhecia na pele as conseqüências talhadas por ilusões e já não dependia apenas do esporte para sobreviver. Dividia o seu tempo entre o campeonato gaúcho e a Secretaria de Saúde de Livramento desde 1970. Finda a participação na elite com o selecionado local, Alvim pensou em sossegar e encerrar prematuramente a carreira. Enquanto tecia análises infinitas sobre o que já viveu e o que traria o porvenir, recebeu uma proposta desde Uruguaiana: o Ferro Carril, repleto de santanenses, queria contar com os seus gols para o Gauchão de 1976. De modo que o “sim” rendeu a tarde mais comentada de sua carreira.
Corria o campeonato de 1976 quando o Ferro Carril rompeu as entranhas rio-grandenses e desceu em Porto Alegre. Na tarde de 23 de maio, o modesto elenco uruguaianense ainda contemplava a beira do Guaíba quando o Inter de Manga, Figueroa, Carpegiani e Valdomiro adentrou o gramado. Foram os impiedosos e famosos 14 X 0. Alvim não disfarça e dispara um riso sonoro: “não me pergunte o que aconteceu. Não tínhamos o que fazer.” Foi a maior goleada da história do campeonato gaúcho. Do jogo, o espirituoso Alvim não guarda mágoas – só lamenta a impotência do goleiro Orlando a cada vez que os colorados empurravam o esférico para as redes. Um ano mais tarde, pendurou as botinas e virou policial civil. Hoje, se diverte em peladas amigáveis – quando não é importunado por jornalistas.

1967. (Foto: Arquivo do clube)
1965. Aspirantes do Grêmio Santanense, campeão municipal. (Fotos: Filhos de Santana)

Década de 1960, sem identificação.
Sem identificação.

Sem identificação.

Sem o ano. (Foto: Impedimento)
Sem identificação.

Pessoas reunidas durante jogo do Santanense, com torcedores as costas. Foto sem identificação.
Grêmio Santanense, campeão municipal de 1923. (Foto: Acervo do Grêmio F.B. Santanense)
Com certeza esta é uma das fotos mais antigas do clube, de seus primeiros anos de atividades.
FOTOS SEM IDENTIFICAÇÕES PUBLICADAS NO FACEBOOK DO EX-ATLETA "PINO" MACHADO XAVIER
No campo do 14 de Julho.
Do Facebook de Rogério Moura Silva.