quarta-feira, 25 de outubro de 2017

O futebol desconhecido

KIRIBATI










O Kiribati é o único país do mundo que fica nos quatro hemisférios. Isso acontece porque o Kiribati possui várias ilhas espalhadas por todo o Pacífico, fazendo com que seu território esteja localizado nos hemisférios norte, sul, leste e oeste.

A Seleção Quiribatiana de Futebol representa Kiribati nas competições de futebol. Kiribati é um membro associado da Confederação de Futebol da Oceania (OFC) e membro provisório da ConIFA. Mesmo assim, a seleção não pode participar da Copa do Mundo ou da Copa das Nações da Confederação de Futebol da Oceania, pois o país não é membro da FIFA.

Até meados de 2005, jogou apenas seis partidas em toda a sua história, ganhou apenas uma, marcando apenas três gols e levando nada menos que 77. Recentemente, Kiribati naturalizou um atacante da Alemanha, na esperança de alguns gols. As maiores goleadas que recebeu foram para Fiji e Vanuatu, perdendo de 24 X 0 e 18 X 0 respectivamente.

Em 2012, o técnico escocês Kevin McGreskin foi contratado para aumentar o nível da seleção e obter o reconhecimento da FIFA numa eventual filiação ao órgão máximo do futebol.

Todos os jogos disputados pelo Kiribati desde 1979

Setembro de 1979: Papua Nova Guiné 13 X 0 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 1979
Setembro de 1979: Ilhas Fiji 24 X 0 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 1979
30 de Junho de 2003: Tuvalu 3 X 2 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 2003
3 de Julho de 2003: Ilhas Salomão 7 X 0 Kiribati
5 de Julho de 2003: Ilhas Fiji 12 X 0 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 2003
7 de Julho de 2003: Vanuatu 18 X 0 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 2003
13 de Agosto de 2009 Vanuatu 0 X 1 Kiribati - Jogos do Pacífico Sul de 2003


Seleção de Kiribati. (Foto: Loucos por Futebol)

TUVALU









A equipe nacional de futebol de Tuvalu ingressou na Confederação de Futebol da
Oceania em 2006. 

No entanto, o país tenta se filiar à Fifa desde 1987. Com apenas 11.500 habitantes, é o terceiro menor Estado soberano do mundo. 

Somente Vaticano e Nauru são menos populosos, tornando Tuvalu a nação menos povoada com uma equipe de futebol internacional.

Tuvalu disputa a maioria de seus confrontos nos Jogos do Pacífico e Jogos do Pacífico Sul. Em 1979, nos Jogos do Pacífico Sul, o time entrou em campo em duas oportunidades, perdendo por 18 X 0 para o Taiti e conseguindo uma histórica vitória sobre Tonga por 5 X 3.

As eliminatórias para a Copa da África do Sul em 2010 significaram um importante marco para o pobre futebol de Tuvalu. A seleção fez história ao se tornar a primeira equipe não afiliada à FIFA a disputar um jogo de qualificação para Copa do Mundo.

A Oceania usou critérios referentes aos Jogos do Pacífico Sul de 2007 e Tuvalu teve o direito de entrar na primeira fase. Pode-se dizer que a equipe teve um bom desempenho, empatando com o Taiti por 1 X 1, embora não tenha alcançado resultados satisfatórios nos demais jogos.

Após a inédita participação no torneio, Tuvalu reivindicou sua filiação à Fifa, não concedida até o momento.


Seleção Nacional de Tuvalu. (Foto: Globo Esporte)

PALAU









Independente desde 1994, a República do Palau conta com uma população de  pouco mais de 20 mil habitantes. Desde 2006, sua capital é a cidade de Melequeoque. Em termos futebolísticos, a modalidade no país é regida pela Palau Football Association, que não é filiada à FIFA.

Ao longo de sua história, a Seleção de Palau entrou em campo em cinco oportunidades, somando duas vitórias (7 X 1 contra Pohnpei e 7 X 1 contra Yap) e três derrotas (1 X 12 contra as Ilhas Marianas do Norte, 2 X 15 contra Guam e 2 X 6 contra Vanuatu).

Praticamente desconhecido e caminhando a passos lentos, o futebol ainda engatinha em Palau. A começar por ser um esporte muito menos popular do que o baseball. 

Portanto, não é supresa que o número de adultos registrados pela Federação Palauana de futebol seja de cerca de 57 pessoas, com 53 homens e 4 mulheres. Devido ao fato do esporte não ser afiliado a Fifa, algumas regras são modificadas e adaptadas. 

Os jogos são jogados em 60 minutos com nove jogadores de cada lado e dispõem de jogadores masculinos e femininos em uma mesma equipe. Os times ainda são dominados por jogadores estrangeiros, pois os moradores interessados em futebol são raros. Entre 2008 e 2011, o campeonato nacional não foi disputado devido a falta de pessoal.

Mas Carles Mitchell quer mudar esse quadro. Responsável pela federação de futebol do país desde 2008, o cartola está esperançoso em dar uma nova cara ao futebol na ilha. 

Em 2011, foram realizados os "Jogos Belau", um torneio de futebol planejado para ser um torneio disputado por atletas de diversas idades. Porém, rapidamente se tornou óbvio que não havia jogadores adultos suficientes na ilha. Assim, o torneio foi realizado como uma competição sub 14. 


Crianças palauanas e o futebol. (Foto: Palau Football Association) 

VATICANO














A Seleção de Futebol do Vaticano é a seleção de futebol da Cidade do Vaticano. É uma seleção amadora, uma das oito nações soberanas que não são filiadas à FIFA. O Vticano tem uma área de 0,44 km² e população de 826 habitantes.

A UEFA já declarou em 2006 que o Vaticano teria todo o direito de se inscrever na entidade, mas o Cardeal Secretário de Estado Tarcísio Bertone já declarou que está feliz com o amadorismo ".

A primeira partida oficial da equipe do Vaticano foi contra San Marino, em novembro de 1994. Depois atuou apenas contra seleções não-filiadas à FIFA (Mônaco, Tuvalu, Kiribati, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Ilhas Marshall e Palau), terminando sempre em 0 X 0. Em 2006, o Vaticano venceu a equipe suíça do SV Vollmond por 5 X 1, no Stadio Petriana, a menos de um quilômetro da Cidade do Vaticano.

Todos os jogadores da Seleção do Vaticano são voluntários da Guarda Suíça, membros do Conselho Papal e pelos guardas dos Museus (cidadãos italianos), os únicos capazes de conseguirem cidadania do Vaticano. Ocasionalmente, seminaristas se unem à equipe.

Em 2007, sacerdotes e seminaristas da Cidade do Vaticano e de Roma disputaram a primeira edição da “Clericus Cup”, torneio criado após uma ideia do secretário de estado do Vaticano, o cardeal Tarcísio Bertone.

A goleada que o Brasil sofreu para a Alemanha nas semifinais da Copa, em pleno Mineirão lotado, foi superada finalmente. Em agosto de 2014, na Alemanha, o Weisfeller Elf, time amador do país germânico, formado por ex-atletas profissionais das décadas de 70 a 90, representando a Alemanha atropelou a modesta equipe do Vaticano por 8 X 1.

O jogo beneficente por incrível que pareça foi muito disputado. Os times foram para o intervalo ainda com o placar de 0 a 0. Porém, a etapa derradeira viu o combinado de padres e funcionários do Vaticano sucumbir a pressão adversária.

O gol de honra da comitiva vaticana foi marcado por um dos guardas de museu. Esta foi apenas a nona partida da história da seleção, e sua primeira goleada sofrida.


O monsenhor Markus Heinz, da Secretaria de Estado vaticana estava muito feliz com a partida, apesar da derrota: - Tudo ocorreu graças a uma iniciativa a favor de crianças com problemas de saúde e necessitados. Foi uma excelente ideia do futebol alemão. Uma experiência única - completou.


Amistoso entre o time amador alemão do Weisfeller Elfe, contra a Seleção do Vaticano. (Foto: Globo Esporte)

NAURU









Localizada na Oceania, a ilha de Nauru não possui oficialmente uma capital — porém, já que o bairro de Yaren possui muitas casas de autoridades, os moradores consideram o lugar como a capital. Antes, era chamado de Ilha Aprazível. 


Nauru é uma ilha do hemisfério sul, pertence à Oceânia, mais concretamente à região da Micronésia. Depois do Vaticano e do Mónaco, Nauru é o terceiro país mais pequeno do Mundo, compreende apenas uma área de 21 Km2 . A ilha mais próxima ao país é a Ilha Marshall, no Kiribati, a uma distância de 300 Km.

A Seleção Nauruana de Futebol representa Nauru nas competições de futebol. Entretanto, o país não é um membro associado, tanto da FIFA quanto da Confederação de Futebol da Oceania, e por isso, não pode participar da Copa do Mundo ou Copa das Nações da OFC.

A seleção é o órgão mais importante da Associação de Futebol Amador de Nauru (NASA, do inglês Nauru Amateur Soccer Association), fundada em 1973. A NASA, por ser uma federação amadora, ainda não é considerada, tanto pela FIFA quanto pela OFC, uma federação oficial. O estádio sede da Seleção de Nauru é o "Meneng Stadium", localizado no distrito de Meneng.

O primeiro jogo internacional da seleção nauruana foi contra trabalhadores das Ilhas Salomão que viviam em Nauru, em 2 de Outubro de 1994. Nauru venceu por 2 X . Existem relatos de uma partida contra Kiribati, que teria ocorrido em Tarawa.

Tal jogo foi uma surpresa, já que as Ilhas Salomão foram as campeãs da Copa Melanésia. Até hoje, este é o maior feito esportivo de Nauru. Além desse resultado inesperado, a Selecção de Nauru participou em mais dois jogos de futebol a contar para um torneio amigável denominado "Micronesian Games in Palau".

Dia 1 de Agosto de 1998, fez o seu primeiro jogo nesse torneio, tendo sido derrotado pela Selecção do Guam por 15 X 3 (maior derrota até agora). O segundo jogo não correu melhor: Palau 2 X 11 Ilhas Marianas do Norte.

Uma partida foi disputada em 20 de junho de 2014 entre um combinado de jogadores nauruanos, que enfrentaram os refugiados australianos no "Estádio Denig", em uma homenagem ao "Dia Mundial do Refugiado". O resultado é desconhecido.


Estádio Denig, em Nauru. (Foto: Loucos por Futebol)

ILHAS MARSHALL









As Ilhas Marshall são um país desconhecido para a maioria dos mortais do planeta. Em plena zona equatorial, a altitude máxima do conjunto de atóis é de três – isso mesmo, 3 metros. Será o primeiro país a desaparecer caso as previsões de degelo das calotas polares se tornem reais – e já estão se tornando.

Em um espaço de 70 km quadrados, espremem-se 60 mil pessoas, sendo que a maioria delas no atol-capital, Majuro. O país é dotado de praias de areia branca e recifes de corais de biodiversidade estonteante, ilhotas remotas e coqueiros mil, em plena Micronésia, características que transformariam o país num excelente destino turístico de milionários, como é Fiji, o Taiti ou as Maldivas.


Seleção das Ilhas Marshall. (Foto: Loucos por Futebol)


ILHAS MAURICIO














A Seleção Mauriciana de Futebol representa a IlhasMaurícia nas competições de futebol da FIFA. Nunca foi uma seleção de resultados expressivos no futebol: sua estreia foi contra a Seleção das Ilhas Reunião, em 1947, vencendo por 2 X 1.

Sua maior vitória foi contra a mesma Seleção das Ilhas Reunião, por 15 X 2, em 1950. As duas partidas foram realizadas em Madagáscar.

A maior derrota dos “Dodôs” foi contra Egito, Seychelles e Senegal, com o mesmo placar nas três partidas: 7 X 0 (em 2003, 2008 e 2010).

Maurício jamais chegou perto da classificação para uma Copa do Mundo. Entre 1930 e 1950, não conseguiu entrar nas Eliminatórias. Em 1974 estreou nas Eliminatórias, mas não chegou perto da vaga. Em 1978 e 1982, também não conseguiu entrar. Em 1986, esteve longe da classificação. Em 1990, foi desclassificado por estar em litígio com a FIFA. Desde então, jamais estiveram na briga por vagas em Copas do Mundo.


Maurício disputou apenas uma edição da Copa das Nações Africanas, em 1974. Caiu já na primeira fase, com três derrotas, dois gols marcados e oito sofridos.


Seleção das Ilhas Mauricio. (Foto: Plano Tático)

PRINCIPADO DE SEALAND









No Mar do Norte, perto da costa da Inglaterra, fica o Principado de Sealand, aquele que se considera o menor país do mundo. Apesar dos clamores, a ONU (Organização das Nações Unidas) não reconhece o local como um Estado independente, frustrando os quatro habitantes da ilha.

Tudo começou quando Roy Bates, ex-infante da Marinha Real Britânica, levou a mulher e os filhos para conhecer o bizarro refúgio durante uma noite de Natal bem romântica e familiar em 1966. 

Aproximadamente seis meses depois, o antigo rádio amador pirata se autoproclamou príncipe de Sealand e, como ele não teve oposição, se tornou o Monarca absoluto do território.

Depois de instalado oficialmente na plataforma, o rei Roy resolveu fundar seu próprio país depois de descobrir que uma corte londrina não autorizou seu despejo do local, já que estava em águas internacionais, portanto, fora do alcance da legislação britânica. Mas ele foi além: consultou advogados e pintou o nome Sealand em uma placa de zinco ao lado da plataforma, oficializando seu país.

Depois de instalado oficialmente na plataforma, o rei Roy resolveu fundar seu próprio país depois de descobrir que uma corte londrina não autorizou seu despejo do local, já que estava em águas internacionais, portanto, fora do alcance da legislação britânica. Mas ele foi além: consultou advogados e pintou o nome Sealand em uma placa de zinco ao lado da plataforma, oficializando seu país.

Para alcançar o sonho de ser oficializado como uma nação, Sealand aposta no sucesso esportivo, em especial no futebol. Mas como montar uma equipe tendo apenas quatro pessoas em seu país? Simples: qualquer um está convidado a vestir o uniforme vermelho e representar a causa nacional nos campos mundo afora.

Sealand foi fundado há cerca de 45 anos pelo ex-major do exército britânico Paddy Roy Bates, pouco após o fim da II Guerra Mundial. O país tem 550m² e fica em uma plataforma abandonada em alto mar, a 11km da cidade de Harwich, no sudeste da Inglaterra.

O acesso só é possível por helicóptero ou barco. Por estar além do limite de três milhas das águas territoriais britânicas, porém, o território está fora do controle do Reino Unido, que aceita o local como uma "propriedade privada".

Apesar de só possuir uma "rua" e uma casa, onde vivem todos os seus habitantes, Sealand tem Constituição, bandeira e hino nacional, além de moeda, passaporte e selos próprios.

A eletricidade vem de geradores e energia eólica, enquanto a comida é importada da Holanda. A ilha também possui uma seleção de futebol formada por "convidados".

Quem escreve as regras do jogo na pequena nação é um jornalista escocês de 34 anos. Neil Forsyth foi nomeado presidente da Federação de Futebol de Sealand pelo príncipe-regente Michael, filho do fundador do país e atual manda chuva da ilha.


Forsyth foi o responsável por reativar a seleção, agregando simpatizantes da causa nacional para formar um time que pudesse disputar as competições da NF-Board (Nouvelle Fédération-Board), instituição criada em 2003 para representar esportivamente nações, Estados não reconhecidos, minorias, povos sem territórios e micronações não-filiadas à Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados), como Curdistão, Chipre do Norte, Saara Ocidental e Zanzibar.


Principado de Sealand, o menor país do mundo. (Foto: Mega Curioso) 

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