No ano passado, o Juventus da Liberdade foi a grande surpresa da Copa Kaiser. O time tinha acabado de subir da Série B e foi fazendo uma campanha discreta. Mas as coisas começaram a entrar no eixo e, quando todos passaram a prestar atenção no time da "Baixada do Glicério", eles já tinham ganho confiança. Pararam na semifinal, mas o quarto lugar foi uma conquista.
Em 2013, o fator surpresa sumiu. E o time não conseguiu embalar. Acabou rebaixado. O algoz foi o Vigor, do Pari, que venceu o último jogo da primeira fase por 3 X 2.
O Tricolor segundo Moçambique
Jayme Antonio Ramos
Mais um importante pariense colaborando com nosso blog, o meu amigo Guilherme Moçambique. Escritor nato e sampaulino roxo ou melhor , tricolor , nestes tempos amargos que atravessa o antigo "ricolor do Canindé" me manda um artigo sobre um grande atleta de nosso esporte bretão, Canhoteiro.
Veio do Maranhão direto para o gramado do "Canindé", para jogar com craques da época e valorizar ainda mais o time das três cores.
Na foto abaixo vemos o "Mágico", como era chamado batendo uma bola no campo do São Paulo F. C. no nosso bairro. Ao fundo vemos o arvoredo existente ainda hoje da "Corôa".
Canhoteiro o Garrincha da ponta-esquerda
Muita gente dizia que, o que o Garrincha fazia com a bola na ponta-direita, Canhoteiro fazia exatamente igual na ponta-esquerda. Com uma habilidade fora do comum para simples mortais, sendo capaz de fazer até mesmo embaixadinhas com moedas por exemplo.
José Ribamar de Oliveira nascido em Coroatá (MA) no dia 24/9/1932 e falecido em São Paulo no dia 16/8/1974, passou dez temporadas inesquecíveis no São Paulo Futebol Clube tornando-se um de seus maiores artilheiros (é o 14º com 104 gols marcados) e ídolo eterno.
Num elenco que tinha craques de nível celestial como Zizinho, Dino Sani e Gino Orlando, Canhoteiro não teve do que reclamar e se sentiu completamente em casa como se jogasse com a camisa do São Paulo desde o nascimento do clube.
Irreverência, elegância, visão de jogo sobrenatural e dribles fantásticos, a catapultar seu estrelato no time que culminou com o título do Campeonato Paulista de 1957. Cansava de botar os companheiros na cara do gol abusando dos passes precisos e cruzamentos perfeitos, sendo o artilheiro Gino Orlando, o segundo maior goleador da história São Paulo o maior beneficiado.
Mas o Garrincha tricolor não ficava só de coadjuvante, também dava show entortando os zagueiros rivais em espaços milimétricos do campo que até Deus duvidava e fazendo de Idário, o beque do Corintians, sua maior vítima, aplicando-lhe espantosos quatorze dribles num jogo só (UAU!).
Fora isso só fazia golaços levando a torcida à loucura com finalizações clássicas e cheias de estilo. Parecia ser exigência do próprio Canhoteiro fazer gols assim; para ele futebol era mais do que um esporte, era uma arte, uma linda arte, cujo o objetivo consistia em proporcionar um espetáculo digno do ingresso do torcedor.
Assim sendo, Canhoteiro anotou em 1959, 20 gols em 50 jogos uma marca considerável para um ponta na época. Apesar de nunca ter tido sorte na seleção, quando nas copas de 1958 e 1962 os pontas menos técnicos Zagallo e Pepe foram escolhidos para integrar o esquadrão canarinho, Canhoteiro sempre será lembrado pelas gerações de tricolores antigos(e até aqueles que não são, mas que admiravam o seu futebol) que o viram jogar, e pela nova geração que transmitirá para a próxima a alegria do seu futebol arte.
SERRA MORENA EM FESTAS
Jayme Ramos
Domingo pela manhã (21-04-2013), o Serra Morena inaugura o seu gramado sintético, graças ao apoio de órgãos municipais de apoio ao esporte , tanto a nível do Executivo , como do Legislativo e em reconhecimento aos relevantes serviços prestados pela comunidade serrana à coletividade. Aliás há alguns anos o C. D. M. A. A. Serra Morena conseguiu também junto às autoridades uma bela iluminação para a sua praça de esportes.
O Estádio do Tricolor , com amplos salões de festas, arquibancadas , quadra coberta e com uma intensa atividade social e benemérita ao povo do bairro é motivo de orgulho para a região.
Parabéns ao Celso Lopes e equipe pelo excelente trabalho desenvolvido pela diretoria daquele clube , fundado por jovens portugueses na década de 20 na rua Carnot, que jamais imaginariam ver transformado aquele simples time de rua neste gigante de hoje.
Tão grande que segundo serranos da velha guarda , muitos dos quais eram amigos do meu pai e que estavam sempre batendo papo na venda dele ,o S. Paulo F. C. foi que imitou o distintivo do Serra e não ao contrário. A eles também nosso abraço e nossas preces e domingo com certeza eles estarão no Paraíso vibrando com mais esta melhoria no clube a que tanto se dedicaram.
Vou falar só o nome de alguns que iam mais frequentemente à venda do meu pai, como o Mandu, o Zeca, o Cridão, o Laudo, o Goiaba, o Nardinho.
Salve o Serra Morena !
Cruzeiro do Sul F.C.
Outra foto do Domingos Curci Sobrinho, onde vemos o Nazar e mais dois jogadores dos quais não sabemos os nomes. São tres craques do Cruzeiro do Sul , um clube bom do bairro, mas que teve vida curta.
Tem Canidense no Tricolor
No São Paulo F. C. dos anos 60, vemos um atleta canindense, o terceiro da esquerda para a direita em pé: é o Dias, grande zagueiro. (Foto do Arquivo do Domingos Curci)
O nosso amigo Chiquinho Rueda mandou esta fotos abaixo. Como é bom relembrar esse tempo bom. Espero que gostem. Fortes abraços de Edgard (Vô Ed)
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