domingo, 6 de outubro de 2019

Clubes históricos do Maranhão que desapareceram


O jornal "O Imparcial", de São Luís (MA), publicou reportagem lembrando de times históricos que passaram, mas deixaram sua marca no esporte. É uma viagem no tempo para conhecer alguns clubes de futebol do Maranhão que não existem mais.

1. FABRIL ATHLETIC CLUB


Fabril Atlétic Club, o popular F.A.C, primeiro clube da história do futebol maranhense. 

O Fabril Athletic Club (FAC) foi fundado oficialmente em 27 de outubro de 1907. Essa equipe é emblemática justamente porque foi criada por Joaquim Moreira Alves dos Santos, o Nhozinho Santos, responsável por trazer o futebol, para o Maranhão. 

Depois de estudar em Liverpool, na Inglaterra, Nhozinho Santos voltou para São Luís quando recebeu a notícia da morte de seu pai, Crispim Alves dos Santos, dono da companhia Fabril Maranhense, conhecida como Fábrica Santa Isabel, e em sua bagagem trouxe conhecimentos e acessórios relacionados ao esporte, como bolas, chuteiras, apitos e as regras.

Nessa época existiam muitas empresas estrangeiras, como a dos ingleses. Estes acabaram se juntando com Nhozinho para treinar futebol, em uma parte do terreno ao lado da fábrica, onde se encontra hoje a Igreja Universal do Reino de Deus e o antigo Cegel, no Canto da Fabril. 

Neste momento surgia o Fabril Atlétic Club (FAC), o primeiro clube de futebol do Maranhão. Suas cores oficiais eram vermelho, preto e branco. A extinção do time “Fabrilense”, começou a se desenhar em 1914, quando de uma grave crise econômica na fábrica, que acabou atingindo o clube e paralisando suas atividades.

Ele ressurgiu em 1916 e permaneceu na ativa até 1923, ano que marcou o fim de um histórico time maranhense.


Fabril Athletic Club em 1905.


2. SPORT CLUB LUSO BRASILEIRO



O Sport Club Luso Brasileiro foi fundado em 1917, pelo comerciante português Edgar Figueira. Sua sede ficava na Praça João Lisboa, e o campo na Quinta do Monteiro na Rua do Passeio ao lado do Hospital Português. 

Apesar do “Luso” ser fundado por um português o clube não tinha as cores de Portugal, suas cores oficiais eram azuis e brancas.

O clube se tornou importante com a inclusão dos antigos associados do primeiro time maranhense, o Atlétic Club Fabril, começando assim uma nova força do nosso futebol, com a esperança de estruturar o futebol no Estado.

O Luso Brasileiro foi o primeiro campeão maranhense em sua edição em 1918, e conseguindo ser oito vezes campeão em 1919, 1922, 1923, 1924, 1925, 1926, 1927 do campeonato.

No dia 13 de agosto de 1929, a equipe do Luso Brasileiro fez a última partida de sua breve, mas gloriosa história, ao vencer o Independência, de Manaus, por 3 X 1. 

Após a partida, Tarquinio Lopes Filho, diretor de Esportes do Luso Brasileiro, abraçou cordialmente os jogadores do time vitorioso e, depois de justificar os motivos da deliberação que tomou, comunicou a resolução do Luso em desaparecer das competições esportivas do futebol. Assim, chegava ao fim o maior time de futebol do Maranhão da época.



3. VITÓRIA DO MAR FUTEBOL CLUBE


O Vitória do Mar foi fundado no dia 7 de setembro de 1949 por empregados do porto de São Luís, suas cores oficiais foram o verde e o amarelo.

Em 1952, o clube solicitou inscrição para o Campeonato Maranhense, e logo no seu primeiro campeonato conquistou o título de forma invicta, assustando os grandes times do Estado, mas parou por ai, esse foi o único título do clube.

Os grandes destaques daquele time foram os jogadores Ivan e Gafanhoto os artilheiros naquele campeonato. A base da equipe campeã era treinada pelo ex-zagueiro motense Waldemar Almeida, tendo assim sua história no Futebol Maranhense.

 O clube maranhense encerrou em 1990, com problemas financeiros, mantendo apenas atividades esportivas para seus associados, mas a equipe disputou seu último Campeonato Maranhense no ano de 1994, quando já não apresentava as mínimas condições de participar de competições profissionais.



4 - SOCIEDADE ESPORTIVA TUPAN



Sociedade Esportiva Tupan foi um clube da cidade de São Luís, nasceu depois de uma dissidência de dirigentes do extinto Tupi, onde criaram um outro time dando o nome de Tupan, onde seu nome tem origem a um deus dos índios. 

Sua sede ficava localizada na rua dos Acapus, no bairro do Renascença em São Luís, e com seu nome indígena, o que chamava mais atenção, era sua sede oficial em formato de oca. 

O Tupan teve várias participações no campeonato maranhense, sendo três vezes campeão da competição nos anos de 1932, 1935 e 1938. 

Do Tupan saíram o goleiro Clemer (ex-Moto Club, Portuguesa (SP) e Internacional (RS) e o atacante Airton Oliveira (Fiorentina da Itália), (pai do já falecido jogador Zezico) e hoje naturalizado belga e mais conhecido na Europa como “Oliverrá” (disputou a Copa do Mundo de 1998 pela Bélgica). 

A Sociedade Esportiva Tupan disputou pela última vez o Campeonato Maranhense em 1994 deixando assim saudades de um grande clube maranhense.

5 - FERROVIÁRIO ESPORTE CLUBE


O Ferroviário Esporte Clube foi fundado em 1941, por funcionários da Estrada de Ferro São Luís-Teresina, o clube ostentava as cores vermelho verde e branco. 

O F.E.C como era conhecido, foi incorporada à RFFSA em 1957, e sua primeira participação no Campeonato Maranhense foi em 1954, que logo na sua estreia, a equipe do “Ferrim” ficou na última colocação no campeonato. 

Seu primeiro título estadual foi em 1957 com uma campanha impecável, seis vitórias e dois empates em 8 partidas, e logo no ano seguinte conquistou seu segundo título em 1958, e deixou também deixou registrado como Campeão Maranhense nos anos de 1971 e 1973. 

Foi o primeiro time maranhense a participar de uma competição nacional de clubes: a Taça Brasil de Futebol de 1959, competição essa reconhecida hoje como Brasileirão. 

Dos clubes em atividade no futebol maranhense, o Ferroviário foi responsável pelo aparecimento de grandes valores do futebol maranhense, onde se destacava o craque Carlos Alberto, Santana (chegou a ir para o Fluminense do Rio de Janeiro), e os zagueiro Santos e Negão que ficaram na memória do torcedor. 

Por causa dos problemas administrativos, financeiros e com discórdia dos empresários com a FMD, o “Ferrim”, deixou de competir e desativou o time profissional.



segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Estádios mais velhos de cada país


BRASIL Boca do Lobo (1908)

O Esporte Clube Pelotas, que voltou à elite do futebol Gaúcho, foi fundado em 1908. No mesmo ano, ergueu o pavilhão de madeira que deu origem ao estádio onde joga até hoje. 

O mais antigo do Brasil em atividade, com capacidade para aproximadamente 24 mil torcedores. O campo das Laranjeiras, sede do Fluminense, existe desde 1904, mas o estádio só foi inaugurado em 1919 e não sedia mais os jogos do clube. 

URUGUAI Gran Parque Central (1900)

O estádio do Nacional é considerado o mais antigo da América do Sul e sediou o primeiro jogo de Copas do Mundo, em 1930, entre EUA X Bélgica. Passou por uma modernização em 2005, quando o estádio teve aumentada sua capacidade de 26 mil para 40 mil espectadores.

ARGENTINA Estadio Arquitecto Antonio Etcheverri (1905)

O bairro de Caballito, em Buenos Aires, abriga o mais antigo estádio da Argentina, casa do Club Ferro Carril Oeste, da segunda divisão. Recentemente, as tribunas de madeira foram removidas devido a normas de segurança. Depois da reforma, sua capacidade aumentou para 27 mil.

ALEMANHA Gazi-Stadion auf der Waldau (1905)

O Stuttgarter Kickers, da terceira divisão, é o clube alemão que há mais tempo manda jogos no mesmo lugar: o estádio de 11 mil lugares localizado próximo à torre de TV da cidade de Stuttgart. 

As arquibancadas de madeira construídas no início do século resistiram até os anos 70. No ano passado, passou por mais uma reforma e ganhou tribunas em todos os lados do campo.

FRANÇA Parque dos Príncipes (1897)

Foi inaugurado como uma arena poliesportiva: sediava eventos de atletismo e etapas finais da Volta da França, além de servir de palco para os primeiros jogos das equipes nacionais de rúgbi e futebol. Em 1972, foi reconstruído e é a casa do Paris Saint-Germain desde 1974.

ITÁLIA Luigi Ferraris (1911)


O estádio que sediou jogos da Copa de 1934 é usado até hoje pelos clubes de Gênova: Sampdoria e Genoa. Um clássico entre essas duas equipes em 1982 registrou o recorde de público de 57 mil pessoas. Atualmente, abriga 36 mil espectadores.

ESPANHA El Molinón (1908)

O estádio municipal da cidade de Gijón, nas Astúrias, é a casa do Sporting Gijón desde 1915. Depois da última grande reforma entre 2009 e 2011, sua capacidade foi ampliada para 30 mil. O nome faz referência a um moinho de água que existia no lugar.

INGLATERRA Sandygate Road (1804)

O pequeno estádio para 700 pessoas na cidade de Sheffield é reconhecido pelo Guinness Book como o mais antigo do mundo. Nos seus primeiros anos, era usado para jogos de críquete. 

Em 1860, sediou sua primeira partida de futebol (e uma das primeiras da história). De um lado, o Hallam, clube da décima divisão que manda jogos lá até hoje. 

De outro, o Sheffield United, dono do Bramall Lane, estádio fundado em 1855 que é o principal da cidade, com capacidade para 32 mil espectadores.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Estádios históricos que não existem mais


O estádio que viu o primeiro gol da história das Copas do Mundo já não existe mais. O palco do primeiro título mundial conquistado pela seleção brasileira, também não. 

Assim como as casas que presenciaram os melhores momentos de Juventus, Arsenal e Atlético de Madri.

O futebol está em constante processo de renovação, e isso leva ao abandono de antigos e tradicionais estádios em prol da construção de novas, modernas e tecnológicas arenas multiusos.

O processo não acontece apenas no exterior. Aqui no Brasil, Palmeiras e Grêmio agora jogam em estádios mais confortáveis para o torcedor e com cheirinho de novos.

Relembre abaixo sete estádios que tiveram papel importante para o futebol mundial e que deixaram de existir.

SARRIÁ

A antiga casa do Espanyol foi o palco de uma das maiores tragédias da história do futebol brasileiro, a derrota por 3 X 2 do time de Falcão, Zico e Sócrates para a Itália na Copa do Mundo-1982.

O "Sarriá" foi o estádio do segundo clube mais importante de Barcelona durante 1923 e 1997 e também recebeu a final da Copa da Uefa de 1988 e partidas de futebol dos Jogos Olímpicos de 1992. 

Vendido para melhorar a saúde financeira do Espanyol, o estádio deu lugar a condomínios de apartamentos de classe média alta.

RASUNDA

O estádio que viu Pelé, Garrincha e Didi golearem a Suécia na decisão da Copa de 1958 e conquistarem o primeiro título mundial da história da seleção brasileira permaneceu em pé por 75 anos. 

A história do "Rasunda" chegou ao fim de 2012, quando milhares de suecos foram ao local para ajudarem em sua demolição e levarem um pedacinho da antiga casa do futebol local para casa. 

O espaço onde ficava o Rasunda hoje é ocupado por prédios comerciais. E um novo estádio, o "Friends Arena", foi construído a cerca de 1 km do local onde o Brasil entrou no hall dos campeões mundiais de futebol.

POCITOS


O estádio que viu o primeiro gol da história das Copas do Mundo (marcado pelo francês Lucien Laurent, na goleada por 4 X 1 sobre o México, em 13 de julho de 1930) teve vida curta. 

Construído em 1921 para ser a casa do Peñarol, ele foi abandonado 12 anos depois porque o clube uruguaio passou a mandar suas partidas no Centenário. 

No local onde ficava o Pocitos, hoje há estabelecimentos comerciais e um pequeno monumento que lembra o estádio.

DELLE ALPI

Construído para a Copa do Mundo de 1990, aos pés dos Alpes italianos, pertencia à prefeitura de Turim e foi a casa dos dois principais clubes da cidade, Juventus e Torino, até 2006. 

Tradicionalmente criticado por não oferecer uma visão muito boa do campo aos espectadores, o "Delle Alpi" começou a ser demolido em 2008 e, três anos mais tarde, deu lugar ao Juventus Stadium, arena multiuso que pertence apenas à Juve e onde a atual vice-campeã europeia tem mandado seus jogos.

HIGHBURY

O estádio localizado no norte de Londres foi a casa do Arsenal durante 93 anos, viu o clube conquistar todos os 13 títulos ingleses de sua história e até recebeu bombardeios do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. 

Devido à impossibilidade de área para ser expandido e aumentar sua capacidade de público, "Highbury" foi fechado em 2006 e deu origem a um conjunto de prédios residenciais. Desde a demolição de sua antiga casa, o Arsenal atua no "Emirates Stadium".

VICENTE CALDERÓN


O estádio que serviu como casa do Atlético de Madri por 51 anos recebeu sua última partida profissional em 2017 (vitória do Barcelona sobre o Alavés, pela decisão da "Copa do Rei"). 

A área ocupada pelo "Vicente Calderón", às margens do rio Manzanares, vai virar um bairro com conjuntos residenciais e área verde. 

Para substituir sua antiga casa, o Atlético comprou da prefeitura o "Estádio Olímpico de Madri", fez uma reforma completa na antiga estrutura e o transformou no novíssimo "Wanda Metropolitano".

PARQUE ANTÁRCTICA


Também conhecido como "Parque Antarctica", começou a ser utilizado em 1902 e se tornou propriedade do Palmeiras no começo da década de 1920. O "Palestra Itália" foi usado quase que ininterruptamente pela equipe alviverde durante mais de 90 anos. 

Em 2011, foi demolido para dar lugar a uma moderna arena com capacidade para receber partidas de futebol e grandes shows musicais, o "Allianz Parque", fruto de uma parceria entre o clube paulistano e a construtora W.Torre.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Verdadeiras relíquias


Distinta Atlético Clube, agremiação do bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O campo de jogo do Distinta ficava na Rua Nestor, em Santa Cruz, onde atualmente fica o condomínio de Furnas. (Foto: Arquivo de Sérgio Melo, em História do Futebol)

Clube do Remo, de Varjota (CE). Sem identificação. (Fonte: Arquivo de Antônio Valdeci Vale)


Em pé: Gordinho - Oziel - Carritel - Wellington - Leandro - Fábio Dourado - Pitó e Erivelton Xolinha. Agachados: Zé Iran - Márcio - Fábio do Lara - Biriba - Henrique - Wendell e Cristóvão. (Foto do arquivo de Antonio Rodrigue de Lima, conhecido como "Varjota Cholinha", torcedor do Remo, onde foi campeão várias vezes como técnico e fundador do Fortaleza)



Fotos da passagem do ponta bicampeão mundial com a seleção brasileira, Mané Garrincha, pelo Maranhão, mais especificamente atuando pelo Bacabal Esporte Clube, no "Estádio Merecão". 

A data da foto é de novembro de 1969, quando Garrincha, já no final da carreira, atuava por algumas equipes Brasil afora,a nível de exibição. 

Sobre a passagem do craque pelo BEC, que veio por intermédio do falecido desportista Antônio Bento (ex-presidente do Sampaio Corrêa), uma curiosidade: antes da partida, contra a seleção bacabalense, os organizadores do evento foram buscar Garrincha no hotel,mas, para espanto, o craque havia sumido. 

O encontraram algumas horas depois. Garrincha pegou uma gaiola e se meteu no mato, atrás de passarinho, uma das suas maiores diversões quando ainda era garoto, no Rio de Janeiro. (Fonte: Futebol Maranhense)

1962, Santana Esporte Clube, de Santana, tri-campeão amapaense de futebol. (Fonte: Icomi Notícias)


1961. Mixto Esporte Clube de Cuiabá. (Foto: Futebol Cuiabano)


Operário, de Cuiabá, em 1949. Em pé: Jorge Mussa - Alito - Gonçalo - Caetano - Nonô Sapateiro - Assis - Benedito Sapateiro - Boalva - Lindolfo - Ciro e Zé Simeão. (Foto: Futebol Cuiabano)

Ginásio Guedes de Azevedo, campeão invicto amador Bauru (SP), em 1939. (Fonte: Jornal Gazeta Esportiva)

sábado, 10 de agosto de 2019