domingo, 3 de dezembro de 2017

O rei das fusões


O Paraná Clube nasceu da fusão dos antigos clubes Colorado e Pinheiros. E se tornou recordista mundial em matéria de fusões e trocas de nome. A primeira delas aconteceu em  1914, quando o Leão F.C. e o Tigre F.C. se unirem para fundar o Britânia Sport Clube.

No mesmo ano, nasceu o Savóia. Em 1915 surgiu o Água Verde. No ano de 1920, o Savóia incorporou o Água Verde e nasceu o Palestra Itália. Em 1930 foi fundado o Ferroviário. Na Segunda Guerra Mundial, o Palestra Itália virou Paranaense e Comercial e ainda Palmeiras.

Em 1942, o Savóia mudou de nome para Esporte Clube Brasil. Com o fim da Grande Guerra, o Palmeiras voltou a ser Palestra e o Brasil adotou o nome de Água Verde. Em 1971, Britânia, Palestra e Ferroviário fundiram-se para formar o Colorado Esporte Clube.

No mesmo ano, o Água Verde passou a se chamar Esporte Clube Pinheiros. Em 1989, Colorado e Pinheiros deram, enfim, origem ao Paraná Clube.


Estádio da Vila Capanema, reduto do Paraná Clube (Foto: Triaquim Malucelli).


2017. (Foto: Triaquim Malucelli).


2016.


2014. (Foto: Triaquim Malucelli).


2006. (Foto: Djalma Vassão, jornal "Gazeta Press)


1993. Campeão estadual. Campeão paranaense de 1993. Em pé: Gralak – Régis – Marques – Marcão - João Antônio e Ednelson. Agachados: Adoílson – Tadeu - Luís Américo - Tiba – Claudinho e Moacir (massagista). (Foto: Triaquim Malucelli).




O Britânia Sport Club foi uma agremiação da cidade de Curitiba(PR). Fundado em 1914, a equipe fez sucesso, chegando a ser considerado o melhor time do Paraná, nas décadas de 10 e 20. O Britânia foi Heptacampeão Paranaense: 1918, 1919, 1920, 1921, 1922, 1923, 1928. 

Depois o clube parou com o futebol profissional. Em 1971 foi chamado pelo Clube Atlético Ferroviário, um dos principais clubes da capital, para fazer a fusão com o Palestra Itália Futebol Clube, formando assim o Colorado Esporte Clube.

Ano de 1965.


Britânia sem o ano.


José, atacante do Britânia em 1940. (Fonte: Jornal "Correio do Paraná").


Taça Britânia, conquistada em 1938.



1975. (Foto: Arquivo de Marcelo Dieguez)

1966. (Foto: Jornal "Diário do Paraná)

1965. (Foto: Arquivo de Marcelo Dieguez)

1956. (Foto: Arquivo de Marcelo Dieguez)

1942. Clube Atlético Ferroviário, vice-campeão do Paraná. (Foto: "Revista Sport Ilustrado")

1941. (Foto: "Revista Sport Ilustrado")



Foto atual da sede do Água Verde. (Fonte: Wikipédia)


Foto antiga do "Estádio Orestes Thá", que pertencia ao Água Verde Futebol Clube. Não se sabe o ano. (Fonte: Arquivo de Marcelo Dieguez)


1967. Campeão. Fonte: Arquivo de Marcelo Dieguez)



Documentário “Pinheirão: memórias de um gigante”

O estádio Pinheirão retratado desde os grandes momentos e decisões até imagens inéditas do abandono. É o que apresenta o documentário “Pinheirão: memórias de um gigante”, produzido por estudantes de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Fechado desde maio de 2007 por causa de dívidas, o Complexo Esportivo do Pinheirão foi leiloado em 2012 e adquirido por um empresário por R$ 57 milhões. De lá para cá, quem passa pelo local vê apenas o abandono de um dos principais palcos da história do futebol paranaense.

Projetado inicialmente para ser um dos maiores estádios do mundo, com capacidade que chegaria a 110 mil, o Complexo Esportivo do Pinheirão foi construído na década de 1970, mas inaugurado oficialmente apenas em 1985, em uma partida entre as seleções do Paraná e de Santa Catarina – os catarinenses venceram por 3 X 1.

Foi casa do Atlético-PR e do Paraná Clube durante alguns anos, e também recebeu partidas da seleção brasileira.

Segundo o estudante Gabriel Sawaf, um dos objetivos do documentário é justamente lembrar o importante papel do Pinheirão no cenário esportivo paranaense.

O documentário de 18 minutos mescla imagens históricas com cenas da situação atual do Pinheirão. Para contar um pouco sobre o estádio, os estudantes ouviram personagens importantes, começando pelo ex-jogador Sicupira e o radialista Eduvaldo Brasil, que falam um pouco da história do complexo.

Quem também participa é o ex-jogador Baianinho, que passou por vários clubes do futebol paranaense e atuou por várias vezes no Pinheirão. A identificação dele com o estádio ainda continua, já que trabalha com uma escolinha de futebol em parte do complexo.

O curta relembra momentos importantes vividos pelo trio da capital paranaense. O primeiro relato é sobre o título da Série B do Campeonato Brasileiro de 1992, conquistado pelo Paraná Clube sobre o Vitória.

Quem conta um pouco do que viveu na primeira partida da decisão, vencida pelo tricolor por 2 a 1, é Serginho Prestes.

O documentário lembra também o Coritiba conquistando o título paranaense de 1999, colocando fim a uma fila de 10 anos. O Coritiba não tem tantos jogos no Pinheirão, já que tinha o Couto Pereira.

Por fim, “Pinheirão: memórias de um gigante” traz os jogadores falando sobre a situação atual do estádio. Para a maioria, o sentimento é de tristeza por ver abandonado o local que foi palco de grandes momentos do futebol paranaense.

A produção do documentário fez parte de uma das disciplinas do 6ª período de jornalismo da PUCPR. Além de Gabriel Sawaf participaram Daniel Malucelli, Hélcio Weiss, Leonardo Dulcio, Natália Moraes e Pedro Melo. O vídeo foi lançado em novembro durante o Festival Ação de Curtas e Documentários. (Fonte: Texto e fotos: Globo Esporte)

Atual situação do estádio

Complexo Poliesportivo do Pinheirão foi fechado em 2007 e leiloado em 2012.

Documentário Pinheirão memórias de um gigante traz cenas inéditas do abandono do estádio.

Grama alta toma conta da parte interna do estádio.

As cadeiras tricolores do período em que foi utilizado pelo Paraná Clube permanecem no Pinheirão.

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