GRÊMIO ATLÉTICO EBERLE
1944.
Este é o esquadrão amadorista do G.A. Eberle, bicampeão de Caxias do Sul, e
campeão da Zona Leste do Campeonato Estadual de Amadores. (Foto: cacellain.com.br)
Em
1943 o clube apostou mais ainda no título dentro e fora de campo. Além de
trazer os craques da cidade para suas cores o clube passou a oferecer subornos
a Liga e aos atletas das outras equipes. O Eberle passa a ser chamado de
“linguiceiros”, sinônimo de trapaça. Assim descreve Francisco Michelinem seu
livro “Assim na terra como no céu”.
Em
1943, as denúncias de suborno se constituem no prato quente e recheado. Um tal
de Tito Rodrigues, preposto do Grêmio Atlético Eberle, entra em cena como
vilão, acusado de aliciar jogadores
tanto do Juventude como do Flamengo.
No
terceiro turno o campeonato foi suspenso por denuncia de suborno do Caxias e do
Juventude. A decisão passa parava Federação, que propõe a continuação do
campeonato. primeiro, as equipes aceitam, mas depois o Flamengo desiste.
Assim,
não tendo mais como ser superado o Eberle foi declarado campeão do citadino. Ainda
em 1943 venceu a Zona Colonial do “Gauchão de Amadores”, até então uma espécie
de Segunda Divisão, perdendo nas semi-finais para o EC São Lourenço.
Em
1944, com Juventude e o Flamengo licenciados, o Eberle foi proclamado bicampeão
da cidade. Pelo estadual de amadores ganhou de 5 X 0 do Esportivo e de 7 X 4 do
Lajeadense, sendo bicampeão da Zona Colonial. Venceu nas semifinais ao Riograndense,
de Passo Fundo por 6 X 1 e nas finais foi eliminado pelo Cruzeiro, de Porto
Alegre, por 4 X 3 e 5 X 4.
Em
1945 com a volta do Juventude aos gramados, em um amistoso o Eberle goleou de 8
X 3, e, pelo citadino venceu por 1 X 0, num episódio chamado de “A volta dos
linguiceiros”, pois o árbitro não marcou dois pênaltis para o Juventude. No
segundo jogo empate em 2 X 2 e no terceiro, vitória do Juventude 2 X 1. Na
final, fora de casa, o Eberle goleou por 4 X 0, faturando o tricampeonato da
cidade.
Já
nos amadores perdeu de 1 X 0 para o Esportivo e foi eliminado do certame. A
verdade, é que com a morte do seu patrono Abramo Eberle, no início do ano, a
empresa foi dividida entre seus dois filhos, que não tiveram interesse em
continuar com o departamento de futebol.
Assim,
no final do ano foi resolvido rebaixar o clube apenas em nível de futebol
interno na empresa. Alguns saudosistas, não satisfeitos com a resolução conseguiram
fazer que a estrutura usada pelo time fosse repassada a eles, assim como o
estádio “Colina Fantasma”, que passou a posse do clube.
Assim,
em 1946 voltou o time com a denominação de Grêmio Esportivo Fluminense e a ter as
cores azul e amarelo. No citadino de 1946, era o Juventude que aliciava os
jogadores do Fluminense, levando cinco atletas seus, inclusive repatriando
Mario Martini.
O
Juventude venceu o primeiro jogo na “Colina Fantasma” por 3 X 2 e perdeu os
dois últimos jogos na “Quinta dos Pinheiros”, por 2 X 1 e 3 X 1, com o Fluminense
sagrando-se tricampeão de Caxias. Pelo estadual de amadores, mais uma vez foi eliminado
pelo Esportivo, perdendo por 1 X 0. Em 1947 voltu o Flamengo a disputar o
certame. Venceu ao Fluminense por 5 X 0, no Fla-Flu do Sul, sendo eliminado do
torneio.
Em
1948 teve mais uma participação no Municipal, sem
expressão
perdendo todos seu jogos. Em 1949 idem. Em 1950, no primeiro turno perdeu de 5
X 0 para o Juventude e empatou em 1 X 1 com o Flamengo e no segundo turno perdeu
por 3 X 2 e no terceiro, nova derrota, dessa feita por 5 X 2.
Na
na década de 1950 foi cada vez decaindo mais, ate deixar de existir em 1953. (Fontes:
jornal “O Pioneiro”; livro “Assim na Terra como no Céu”, de Francisco Michielin
e monografia de Alessandro Valim e livro “Historia de Caxias do Sul, 4º Tomo,
de autoria de João Spadari Adami).
Grêmio Atlético Eberle, anos 1940. (Foto: Memória Rodrigo Lopes de Oliveira - Clicrbs)
GRÊMIO ESPORTIVO FLUMINENSE
G.E. Fluminense, sem o ano. (Foto: Clicrbs)
Grêmio Atlético Eberle, anos 1940. (Foto: Memória Rodrigo Lopes de Oliveira - Clicrbs)
GRÊMIO ESPORTIVO FLUMINENSE
G.E. Fluminense, sem o ano. (Foto: Clicrbs)
Sem saber precisar dia e mês foi mudado o nome para Grêmio Atlético Eberle. As cores foram alteradas para azul e branco. Rapidamente, com ajuda da empresa o clube cresceu e em 1938 disputou o citadino de Caxias do Sul, com as equipes do Juventude, Flamengo e 9º Batalhão A.C. O Eberle perdeu os dois jogos para a dupla Fla-Ju e ganhou os pontos dos jogos contra o 9º B, que havia desistido do certame. (Foto: cacellain.com.br/Douglas Marcelo Rambor)
Fluminense, de Caxias do Sul, fundado em 15 de novembro de 1934, com as cores azul e amarelo, posteriormente passou a chamar-se Grêmio Aletico Eberle. Na foto. Em pé: Júlio Longhi - Bruno Garlin - Mansueto Arioli - Luis Segalla - Pedro Borsarini - Léo Freitas - Arnaldo Chons (Técnico) - Odila Rezendes (Madrinha) - Santin Borsarini - Atilio Segalla - Paulo Segalla - Alécio Destéfani - Aldo Dambróz - Aldo Ruzinatto - Ramiro Centenaro e Ivo Destéfani (Massagista) (Foto: cacellain.com.br)
GRÊMIO ESPORTIVO GIANELLA
Fundado
em 13 de maio de 1945, o G.E. Gianella foi um dos principais clubes de Caxias
do Sul no período que antecedeu a profissionalização do futebol gaúcho. Suas
maiores conquistas são títulos amadores, a se destacar os Campeonatos
Municipais Amadores de 1949 e 1950.
Além disso, possui em seu currículo uma final
do Campeonato Citadino de Caxias do Sul em 1945, quando perdeu a disputa para o
Grêmio Esportivo Fluminense e ficou igualmente com o vice no Torneio Início de
Caxias do Sul, perdendo novamente o título para o Grêmio Esportivo Fluminense,
mas ficando a frente do Esporte Clube Juventude.
Em
1963 manteve sua sede na Rua Matteo Gianella, bairro de Santa Catarina, em
Caxias do Sul, mudando-se em 1974 para outro local nas imediações do mesmo
bairro. Não chegou a conquistar um grande título municipal, permanecendo de
forma amadora até os dias atuais, mas sendo considerado um tradicional clube de
Caxias do Sul no início do século XX.
A maior rivalidade do Grêmio Esportivo
Gianella era dos tempos em que enfrentava o Esporte Clube Juventude, sendo esse
o Ju-Nella. Também realizava os clássicos Fla-Nella com a SER Caxias, antigo
Grêmio Esportivo Flamengo, e o Flu-Nella com Grêmio Esportivo Fluminense. Todos
os clubes eram adversários da cidade de Caxias do Sul. (Fonte: Douglas Marcelo Rambor/Wikipédia)
TORINO FUTEBOL CLUBE
TORINO FUTEBOL CLUBE
1956
- Torino, de Caxias do Sul, campeão da "Taça Mário Ramos". (Foto: Divulgação)
Torino F.C., anos 50. (Foto; Site do clube)
ESPORTE CLUBE FLORIANO
Torino F.C., anos 50. (Foto; Site do clube)
ESPORTE CLUBE FLORIANO
Fundado em 5 de julho de 1952, o Esporte
Clube Floriano foi o primeiro time de futebol amador de Caxias do Sul a dispor
de abrigo no uniforme. Em
pé: Alvis Santos Fiedler (Presidente) - Foguinho - Reco - Chinesinho (apelido de Walter Lentz da Silva) - Queixada (com a bola) - Adelino - Chinês (apelido de Valdomiro Lentz da Silva) - Galego (Técnico) e João (Diretor). Agachados: Selvino (Massagista) - Sebinho - Alemão (apelido de Eduardo Henke) - Malaia - Carlinhos e
Aparício. (Foto: Acervo pessoal de Alvis Santos Fiedler)
O time do Esporte Clube Floriano, pronto
para entrar em campo em 1956. (Foto: Acervo pessoal de Alvis Santos Fiedler)
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