No
ano de 1912, seis jovens desembarcaram em Paracambi (RJ), que ainda era um
distrito distante de Itaguaí, trazendo o futebol como grande novidade. Essa
novidade chegou aos ouvidos dos funcionários e diretores da Companhia Têxtil
Brasil Industrial, que era uma importante indústria de tecidos da região e
orgulho local.
A
inspiração dos jovens Clarence Hibs, Frederich Jacques, John Starck, Ernesto
Bauer, Jersey Starck (nascidos na Inglaterra) e Guilherme Gomes (único
brasileiro), aliada ao apoio da fábrica Brasil Industrial, fundava em 16 de julho
de 1912, o Paracambi F. C. Certamente, o Paracambi F.C. foi o primeiro nome e
fomentador do esporte na cidade homônima.
Em
1936, para fins de melhor estabelecimento das atividades esportivas do clube,
os diretores da CTBI levaram uma proposta ao time, onde a fábrica se colocava a
disposição de ajuda-lo nas despesas de seus departamentos, mas em troca
exigiria a mudança do nome de Paracambi Futebol Clube para Brasil Industrial
Esporte Clube.
A
medida não teve aceitação unânime em primeiro momento, mas foi sacramentada
pelas duas partes e sendo esse nome sustentado até os dias atuais.
Nos
tempos que o Brasil Industrial ainda atendia pelo nome de Paracambi, certamente
a vitória sobre o São Cristóvão por 2 X 1 no ano de 1926 foi o seu maior feito.
O fato do time cadete ser campeão carioca naquele ano engrandece as fileiras do
Brasil Industrial.
Mas
as maiores glórias vieram após a mudança de nome, quando a partir dos anos 50 o
Brasil Industrial conquistou títulos nas categorias de aspirantes e amadores
nas ligas de Vassouras, Paracambi e Itaguaí.
Alguns
jogadores que conquistaram prestígio no passado do futebol brasileiro
despontaram com a camisa do Brasil Industrial. Dentre estes estão Romeiro
(ex-ponta do America e do Palmeiras nos anos 50), Osni do Amparo (ex-goleiro do
America nos anos 50), Eli do Amparo (irmão de Osni e ex-meia do Vasco e do
America nos anos 40 e 50), Coronel (ex-lateral-esquerdo do Vasco e do Náutico
nos anos 50 e 60) e do meia Moreno (ex-America na década de 70 e 80).
A
maior parte da vida do Brasil Industrial esteve fincada nas competições
amadoras locais e regionais, mas em alguns momentos o clube se aventurou nas
competições profissionais do estado do Rio
de
Janeiro.
A
primeira investida no profissionalismo se deu nos anos 40, quando o Brasil
Industrial jogou o Campeonato Fluminense de 1943, mas não conseguiu ir longe. O
mesmo aconteceu em 1944.
O
clube só voltou às disputas profissionais do antigo estado do Rio de Janeiro em
1954, quando o Campeonato Fluminense foi composto basicamente por equipes da
região sul do estado. Nesta edição conseguiu seu melhor desempenho ao alcançar
a Fase Final, mas não chegou ao título.
Em
1995, os dirigentes do Brasil Industrial seguiram o caminho do rival Tupy e ingressaram
no Campeonato Carioca da Terceira Divisão daquele ano, que se chamava Divisão
Intermediária. Nessa retomada ao profissionalismo, o clube faz uma boa campanha
e ficou na quarta colocação, dentre os 15 participantes do torneio.
Infelizmente, o clube não prosseguiu os esforços de permanecer nas competições
profissionais.
Nos
anos 90, a fábrica de tecidos que batizou o clube nos anos 30 e que desde então
o patrocinava, veio a falir. Do mesmo jeito o futebol na cidade entrou em
declínio. Hoje o clube já não possui mais a categoria de adultos mantendo
apenas o mirim e o pré-mirim.
Outro
detalhe das dependências do clube. (Foto Gustavo de Azevedo)
Sede
atual do Brasil Industrial. (Foto: Arquivo Fotográfico do Brasil Industrial
Esporte Clube)
Gilmar
Dias ex-presidente do clube e Henrique de Castro diretor de esportes lutam para
manter a tradição do Brasil Industrial (Foto: Gustavo de Azevedo)
Foto
mais recente do Brasil Industrial. (Foto: Arquivo Fotográfico do Brasil
Industrial Esporte Clube)
Anos
90. (Foto: Arquivo Fotográfico do Brasil Industrial Esporte Clube)
Romeiro
Teixeira de Menezes, ex-atleta do clube, destaque do Palmeiras e ex-presidente.
(Foto: Wikipédia)
Anos
70. (Foto: supergol.com)
24
de outubro de 1943. Time principal de futebol do Brasil Industrial. (Foto:
paracambi.blog.br)
1932.
Estrago da enchente no segundo campo do Brasil Industrial. (Foto:
paracambi.blog.br)
Década
de 30. Time de futebol do Brasil Industrial, notando-se o escudo antigo nas
camisas. (Foto: paracambi.blog.br)
1913.
Primeira sede do Brasil Industrial E.C., quando ainda se chamava Paracambi
F.C.. No alto o emblema original PFC. (Foto: paracambi.blog.br)
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