sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Futebol da Paraíba (01)

Resumo histórico

Em 1908, um grupo de rapazes que estudava em outros centros, voltou à Parahyba (atual João Pessoa) para férias escolares. No dia 10 de janeiro daquele ano, o acadêmico Eugênio Soares chegaria do Rio de Janeiro com uma bola de couro para a prática futebolística. Surgiu então a ideia de fundar-se um time de futebol que levou o pomposo nome de “Club de Football Parahyba”, seguindo a tradição de denominar os nomes na língua inglesa. Para o espetáculo inaugural, dividiram-se em duas equipes: Norte e Sul.

No dia 15 de janeiro de 1908, após as providencias necessárias, no “Sítio do Coronel Manoel Deodato”, ns proximidades da atual Praça da Independência na capital do Estado, ocorreria o primeiro match-treino de futebol na Paraíba, entre as equipes anteriormente divididas. Segundo consta, um grande público compareceu ao local para testemunhar o fato.

Em 23 de fevereiro de 1908, às 16 horas, o Parahyba realizaria o seu segundo match-treino. Fora demarcado um campo de futebol, que seria denominado de “Derby”, sendo colocadas várias cadeiras à margem da cancha de jogo, cedidas pelo Teatro Santa Rosa, destinadas aos convidados. Este segundo jogo terminaria empatado em 1 tento.

Foi nesta data que Bióca assistiu a uma partida de futebol pela primeira vez, quase que por acaso. Acompanhando o seu pai pela cidade de Parahyba, quando da entrega de uma certa quantidade de carne para ser embarcada em um dos navios que aportara em Cabedelo, fora informado que haveria uma nova apresentação deste esporte.

Acabaria por tomar gosto pelo jogo, passando a praticá-lo ao lado de outros esportes, como ginástica e caminhadas. A partir daí, começou a atuar nos campos improvisados de Parahyba como “Keeper” (goleiro) e, vez ou outra, jogando de “full back” (beque central).

Terminadas as férias escolares de 1908, os rapazes voltaram aos seus colégios e o Club de Football Parahyba dissolveu-se. Mas a “semente” futebolística lançada ao solo fecundaria e, em 1909, seria fundado o Parahyba United, vindo em seguida o Red Cross e, depois, o América. Todos eles enfrentariam o grande problema para a prática do esporte naquela época: a falta da bola, o que terminava por provocar, algumas vezes, intervalos bem acentuados entre os jogos, enquanto se esperava a chegada da pelota, vinda do Rio de Janeiro.

Fonte da Pesquisa: Livro Treze Futebol Clube: 80 anos de história (Capítulos 1 e 2).
Autor: Mário Vinícius Carneiro Medeiros

Fotos: Livro "A história do futebol paraibano", de Walfredo Marques.

Walfredo Marques, autor do livro "A história do futebol paraibano"
Sousa, campeão paraibano de 2009.



Em 1961, no Rio de Janeiro, Walfredo Marques, autor do livro "A história do futebol paraibano", com João Havelange, presidente da CBF na época.






Doutor João Santa Cruz de Oliveira, eleito presidente da Liga Desportiva Paraíba em 15 de dzembro de 1931, permaneceu no cargo até 1935.





América F.C., campeão de 1923. Em pé: Queiroz - Meireles - João Augusto - Rabêlo - Jair - Edgar - Pimenta e Silvestre. Agachados: João Albuquerque - Simeão e Chaguinha.




Antônio Fernandes Bióca, fundador e jogador do Red Cross, introdutor do futebol em Campina Grande, no ano de 1913 e goleiro do Cabo Branco, no ano de sua fundação (1915). Grande animador do futebol provinciano desde o seu apareciemento. Foi ainda o fundador e primeiro presidente do Treze de Campina Grande, em 1935.
Piragibe Brabâncio de Souza Lemos foi um dos fundadores e primeiro presidente do Club de Foot Ball Parahyba, a primeira agremiação futebolistica do Estado, fundada em 19 de fevereiro de 1908.

4 comentários:

Vera Maria disse...

Fiquei muito feliz em encontrar a foto do Brabâncio. Ele é meu avô e eu não tinha a menor idéia de como ele seria.
Grata

Unknown disse...

Um verdadeiro achado e fontes incríveis sobre a História do Futebol Paraibano.

roberto marques disse...

É muito gratificante saber que a contribuição do meu avô, Walfredo Lins Marques, com o seu livro sobre a História do Futebol Paraibano é fonte de informação até hoje, grato: Roberto Sérgio Marques Fonseca.

Walber Lins Marques Neto disse...

Lamento não ter conhecido o meu tio avô Walfredo Marques,que tanto contribuiu para o futebol do nosso estado! Meu avô Walber falava muito desse ilustre irmão...Sou Walber Lins Marques Neto.