segunda-feira, 8 de março de 2010
A história das Copas do Mundo
SUIÇA - 1954
Em 1954 a Copa do Mundo estava de volta à Europa, quase uma década após o fim da Segunda Guerra; e pela segunda vez consecutiva, a melhor seleção perdia a final.
Após o empate com os iugoslavos, os brasileiros choraram a eliminação e só depois descobriram que ainda continuavam na competição.
Vitórias e estrelas tornavam a Hungria imbatível. A fama era justificada pela eficiência do ataque. Pelas quartas-de-final, os húngaros emplacaram 2 X 0 no Brasil em sete minutos, o jogo ficou conhecido como "A Batalha de Berna" devido à violência.
Mesmo com todo o favoritismo da Hungria os campeões foram os alemães ocidentais, que usaram uma estratégia ousada para ganhar a Copa. Para evitar o confronto com os atuais campeões e vice (Uruguai e Brasil), os alemães utilizaram uma equipe reserva na goleada histórica para os húngaros por 8 X 3.
Os alemães tiveram um caminho mais fácil até a final e venceram os cansados húngaros na decisão. A competitiva seleção alemã, que tinha pára-quedista da Segunda Guerra, foi acusada de jogar a final dopada.
Ferenc Puskas, melhor jogador da Copa de 54 e campeão olímpico em 52, fugiu da Hungria depois da invasão das tropas russas em seu país. Puskas naturalizou-se espanhol e foi um dos craques da "Fúria" em 1958. O ídolo morreu em Budapeste, no dia 17 de novembro de 2006, depois de ficar internado com uma pneumonia durante cerca de dois meses, recebendo um funeral de Estado.
Time alemão, campeão do mundo de 1954. (Fonte: Livro "Todas as Copas do Mundo", de Orlando Duarte)
Alemanha, campeã mundial de 1954.
Fritz Walter com a taça. (Fonte: Livro "Todas as Copas do Mundo", de Orlando Duarte)
Fritz Walter, craque alemão.
Fritz Walter, artilheiro da Alemanha.
Sepp Herberger, tecnico alemão.
Hungria, vice-campeã mundial de 1954: Puskas - Grocsis - Lorant - Hidegkuti - Bozsik - Zakarias - Lantos - Buzanszky - Toth - Koscis e Czibor.
Puskas, a lenda hungara.
Sandor Kocsis, da Hungria.
Puskas, Hungria 1 X 0 Alemanha.
Czibor, Hungria 2 X 0 Alemanha.
Morloch, Alemanha 1 X 2 Hungria.
Rahn, Alemanha 2 X 2 Hungria.
Rahn, Alemanha 3 X 2.
Uma verdeira reliquia: a bola usada na final da Copa de 1954.
A camisa "Canarinho" foi usada pela primeira vez em 1954.
O Brasil jogou de camisas brancas com colarinho azul durante toda a Copa do Mundo de 1950. Além de todos os culpados possíveis as cores também foram incluídas. Foram consideradas insuficientemente nacionalístas.
Para o jornal carioca Correio da Manhã o uniforme branco sofria de "falta de simbolismo moral e psicológico". Com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos, entidade então responsável pelo futebol brasileiro, o jornal lançou um concurso para a criação de um novo uniforme usando todas as cores da bandeira brasileira. A seleção usaria o projeto vencedor na Copa do Mundo de 1954, na Suíça.
O vencedor foi Aldyr Garcia Schlee, 19 anos, gaúcho de Pelotas, que trabalhava em um jornal local. O próprio Aldyr escandalizou-se com o projeto (até então nenhum time usava quatro cores juntas no mesmo uniforme).
Após desenhar centenas de modelos, finalmente Aldyr desenhou um que, para ele, era o "menos feio"...vejam como são as coisas...não é que foi esse o modelo vencedor. Concorrendo com mais de trezentos outros projetos de todo o país.
O modelo vencedor era assim: camisa amarela com colarinho e punhos verdes; calções azuis com uma faixa vertical branca; meias brancas com detalhes em verde e amarelo.
Como não tinha o tom correto de azul celeste da bandeira, Aldyr usou o que tinha-azul-cobalto-que foi fielmente reproduzido e continua no uniforme até hoje.
O Brasil estreou o novo uniforme no Maracanã, no dia 14 de Março de 1954, numa vitória sobre de 1 x 0 sobre o Chile.
A Seleçaão Brasileira era boa, mas teve o azar de pegar a Hungria logo no inicio. (Fonte: Livro "Todas as Copas do Mundo", de Orlando Duarte)
Lances do jogo Brasil X Hungria.
Lance do jogo Hungria X Uruguai.
Lance do jogo Alemanha X Turquia.
Alemanha 6 X 1 Áustria, gol de Fritz Walter.
Jules Rimet abre o Mundial.
Os palcos da Copa
Estádio Wankdorf, em Berna.
Estádio Saint Jakobs, na Basiléia.
Estádio La Pontaise, em Lausanne.
Estádio Hardtun, em Zurique.
Estádio Comunale di Cornaredo, em Lugano.
Estádio Charmies, em Genebra.
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3 comentários:
detalhe q foto do Puskas e do Fritz Walter na vdd eh da copa de 1938 de Alemanha e Suíça
Como eu queria ter visto os magiares... nasci em 89 e fui obrigado a crescer me encantando com Savio, Romario, Edmundo, Tulio, Bebeto... não que não fossem bons, mas não eram completos, como jogadores de alguns esquadrões dos sonhos, do passado. Não consigo imaginar um time com Kocsis, Czibor, Bozsik, Puskas e Hidegkuti, com a movimentação tática que tinham, perdendo para o Barcelona de hoje.
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